Minas Gerais está perto de ter mais um estádio moderno para abrigar partidas de futebol profissional. O Boston City Futebol Clube, de Manhuaçu, na Zona da Mata, espera concluir sua arena multiuso até o fim de 2026.
Por meio de sua assessoria, o CEO do Boston City, Renato Valentim, explicou à reportagem de No Ataque que, no momento, o projeto está na fase 1, que consiste em palco para shows e eventos para até 2 mil pessoas. Essa estrutura será entregue no primeiro semestre de 2025.
A segunda fase das obras abrangerá o estádio, cuja capacidade será para 12 mil pessoas. De acordo com o clube, a Arena Boston City “terá um dos gramados artificiais mais modernos do Brasil, graças à parceria com a empresa Soccer Grass”.
Fotos do projeto da Arena Boston City
Projeto da Arena Boston City, em Manhuaçu; estádio comportará 12 mil pessoasFoto: Divulgação
Projeto da Arena Boston City, em Manhuaçu; estádio comportará 12 mil pessoasFoto: Divulgação
Projeto da Arena Boston City, em Manhuaçu; estádio comportará 12 mil pessoasFoto: Divulgação
Projeto da Arena Boston City, em Manhuaçu; estádio comportará 12 mil pessoasFoto: Divulgação
Projeto da Arena Boston City, em Manhuaçu; estádio comportará 12 mil pessoasFoto: Divulgação
Projeto da Arena Boston City, em Manhuaçu; estádio comportará 12 mil pessoasFoto: Divulgação
Boston City
O Boston City iniciou suas atividades em 2015, na cidade de Boston, em Massachusetts, nos Estados Unidos. O clube foi fundado em parceria entre o empresário Renato Valentim e o ex-jogador Palhinha, campeão da Copa do Brasil de 1996 e da Copa Libertadores de 1997 pelo Cruzeiro.
Em 2018, uma espécie de “filial” foi levada para Manhuaçu, terra natal de Valentim, que mora nos EUA desde 1998 e fundou, há 20 anos, a rede de restaurantes Tavern in the Square.
Desde então, o Boston vem disputando a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro – equivalente ao terceiro escalão do futebol no estado. Com jogadores sub-20 no elenco, o time ainda não conseguiu subir ao Módulo II.
Nas categorias de base, a agremiação de Manhuaçu compete em torneios de primeira e segunda divisão, enfrentando, em várias ocasiões, Cruzeiro, Atlético e América.
Segunda Divisão de 2024
Em 2024, o Boston City está no Grupo A da Segunda Divisão do Mineiro, ao lado de Coimbra, Contagem, América de Teófilo Otoni e Social. Ao todo, 16 clubes participam da edição deste ano.
O primeiro e o segundo colocado das chaves A, B e C e os dois melhores terceiros avançam para as quartas de final. A partir dali, haverá confrontos de mata-mata até definir os dois promovidos ao Módulo II e o campeão.
Quanto o Boston City investirá na arena multiuso?
Em janeiro de 2020, o Boston City calculava um investimento de R$ 18 milhões na construção de seu complexo esportivo. Todavia, os valores tendem a aumentar, visto que houve alterações importantes no projeto inicial.
Assim que o estádio ficar pronto, o clube espera impactar uma região com cerca de 400 mil habitantes, sendo 91 mil somente em Manhuaçu.
Já existe no local o Centro de Desenvolvimento de Talentos, que aloja 120 atletas sub-15, sub-17 e sub-20. O espaço tem dois campos de grama sintética, academia, salas de estudos, refeitório e departamentos médico e de fisiologia.
Imagens das obras do palco para shows e eventos
Obras na Arena Boston City, em ManhuaçuFoto: Thales Avelino
Obras na Arena Boston City, em ManhuaçuFoto: Thales Avelino
Obras na Arena Boston City, em ManhuaçuFoto: Thales Avelino
Obras na Arena Boston City, em ManhuaçuFoto: Thales Avelino
Obras na Arena Boston City, em ManhuaçuFoto: Thales Avelino
Obras na Arena Boston City, em ManhuaçuFoto: Thales Avelino
Obras na Arena Boston City, em ManhuaçuFoto: Thales Avelino
Obras na Arena Boston City, em ManhuaçuFoto: Thales Avelino
Estádios construídos ou reformados nos últimos anos em Minas
Arena MRV: construída no bairro Califórnia, em Belo Horizonte, é a casa do Atlético. Tem capacidade para 46 mil pessoas e conta com 112 camarotes, 42 bares e lanchonetes, cerca de 2.300 vagas de estacionamento e sete cozinhas. As obras no estádio duraram cerca de três anos, entre abril de 2020 e abril de 2023. O custo superou R$ 1 bilhão.
Almeidão: fechado para reforma por mais de 500 dias entre 2022 e 2023, o Estádio Antônio Guimarães de Almeida, do Tombense, teve a capacidade ampliada de 3.050 para 6.555 espectadores. Além de aumentar o espaço ao público, o clube modernizou vestiários, instalações para a imprensa e sistema de iluminação. O investimento girou em torno de R$ 2,5 milhões.
Pedro Alves do Nascimento: o estádio da Prefeitura de Patrocínio sedia jogos do Patrocinense e conta atualmente com quase 8 mil lugares. No fim de 2017, a administração municipal anunciou a conclusão das reformas nas arquibancadas, cobertura, gramado e alambrado, além da instalação de torres de iluminação e área para as torcidas visitantes, com entrada própria, banheiros e bar.
Soares de Azevedo: localizado em Muriaé, na Zona da Mata de Minas Gerais, pode receber mais de 13 mil espectadores, conforme laudo de segurança da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. A construção do espaço durou cinco anos, entre 2009 e 2014, e os R$ 8,5 milhões empenhados no projeto ficaram a cargo do Nacional Atlético Clube, proprietário da arena.
Mineirão: esteve fechado entre junho de 2010 e dezembro de 2012 para adequações visando à Copa do Mundo de 2014. Os R$ 666 milhões aplicados nas intervenções no estádio foram obtidos por parceria público-privada do governo estadual com a Minas Arena. O Gigante da Pampulha tem 62 mil lugares em jogos de futebol e comporta 65 mil pessoas em shows na esplanada.
Independência: o estádio do América passou por remodelação de janeiro de 2010 a março de 2012. O governo de Minas Gerais bancou cerca de R$ 146 milhões, e o espaço passou por profunda transformação: ganhou cadeiras e cobertura em todos os setores, bem como contou com três níveis de arquibancadas e camarotes. A Arena Independência tem 23 mil lugares.
Arena do Calçado: o estádio situado em Nova Serrana, cidade de 105 mil habitantes no Centro-Oeste de Minas, foi inaugurado em março de 2012. Sua capacidade era para 10 mil torcedores, porém os laudos recentes de segurança autorizavam a presença de pouco mais de 6.300 pessoas. As obras orçadas em mais de R$ 3 milhões foram financiadas com dinheiro público.
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