FUTEBOL INTERNACIONAL

Guardiola atribui responsabilidade de liderar mudança de calendário a jogadores

Jogadores e técnicos têm reclamado do calendário sobrecarregado, especialmente para os convocados por suas seleções; denúncias serão formalizadas
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Pep Guardiola comentou o calendário do futebol europeu e a possibilidade de mudanças nos jogos para evitar sobrecarga. Em entrevista coletiva nessa sexta-feira (20/9), o técnico do Manchester City atribuiu a responsabilidade de cobrança para os atletas.

“Tenho certeza de que se algo tem que mudar, deve partir dos jogadores. São os únicos que podem mudar algo na organização, os únicos que podem se expressar”, afirmou Guardiola.

Recentemente, o volante Rodri, do City, falou sobre o tema e deixou em aberto a possibilidade de uma greve de jogadores contra o calendário sobrecarregado.

Como exemplo, o Manchester City pode fazer até 76 jogos na temporada 2024/2025, caso chegue a final da Liga dos Campeões, cujo calendário ganhou mais duas datas na primeira fase. Além disso, a Fifa vai organizar o Mundial de Clubes nos Estados Unidos no fim da temporada europeia.

No caso de jogadores que defendem suas seleções, este número de jogos é ainda maior.

Outros nomes importantes do futebol, como goleiro brasileiro Alisson, do Liverpool; o lateral Dani Carvajal e o técnico Carlo Ancelotti, do Real Madrid, e o técnico da seleção da França, Didier Deschamps, também lamentaram o fato de os jogadores não serem levados em conta na hora de definir o calendário.

Técnico do Chelsea pensa igual a Guardiola

O italiano Enzo Maresca, técnico do Chelsea, tem a mesma opinião de Guardiola: “É demais. Não acho que estão protegendo os jogadores.”

“Os únicos que podem fazer algo são os jogadores e nós podemos ajudá-los. Nestas últimas duas semanas, os jogadores explicaram o que pensam. É um bom ponto de partida”, acrescentou Maresca.

Denúncias formalizadas

O Sindicato Mundial de Jogadores (FIFPro) apresentou uma denúncia contra a Fifa em junho, depois que a entidade estabeleceu unilateralmente um calendário que incluía o Mundial de Clubes.

Além disso, o FIFPro Europa e a Associação de Ligas Europeias formalizarão uma queixa contra a Fifa na Comissão Europeia em outubro, baseando-se no direito à concorrência. Isso porque as diferentes ligas europeias consideram que a proliferação de competições internacionais diminui a atratividade dos campeonatos domésticos.

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