A seleção da Nigéria passou dificuldades para chegar na Líbia, onde enfrentaria a seleção local. Isso porque os jogadores nigerianos ficaram retidos no aeroporto por mais de 12 horas. Eles não tiveram acesso a comida, água e até conexão de internet. Como também não conseguiram um local para descansar. O capitão, o zagueiro William Trost-Ekong foi o responsável por expor o episódio Diante dessas condições os atletas da Nigéria sinalizaram que não vão jogar a partida.
“Estamos aqui há mais de 12 horas, o governo da Líbia impediu que chegássemos em Benghazi sem uma razão clara. Trancaram as portas do aeroporto e nos deixaram sem internet, comida ou bebida”, disse o capitão nigeriano, o zagueiro William Trost-Ekong, responsável por expor o episódio.
“Com este tipo de comportamento, nos deixem ficar com os pontos. Não aceitamos viajar para lado nenhum de carro, mesmo com segurança não é seguro”. Respeitamos os nossos adversários quando foram nossos convidados na Nigéria. Erros acontecem, mas estas coisas feitas de propósito não têm lugar no futebol internacional”, completa.
O confronto entre Líbia e a seleção nigeriana estava previsto para acontecer nesta terça-feira (15/10), pela sexta rodada das Eliminatórias da Copa Africana de Nações. Com a decisão de desistir do embate como forma de protesto por parte das “Super Águias”, a decisão da manutenção ou adiamento do jogo fica para a Confederação Africana de Futebol. A entidade já se posicionou sobre o caso e assegura que leva muito a sério os incidentes na Líbia. A Nigéria é a líder do Grupo C, com sete pontos. Os líbios são lanternas, com um ponto.
Pedido de ajuda dos jogadores da Nigéria
Na visão de Trost-Ekong, houve um planejamento da Líbia para tal atitude. Ele disse que já passou por muitas situações em jogar fora pela África, mas que desta vez tudo foi uma desgraça.
“Até o piloto tunisiano, que conseguiu aterrissar, no último momento em um aeroporto que não estava habilitado para receber aviões deste porte, disse que nunca tinha visto nada assim. Ele tentou encontrar um local perto do aeroporto onde a tripulação pudesse descansar, mas lhe negaram o acesso em todos os hotéis, por ordem do governo. Ele podia dormir, mas os membros da tripulação que fossem nigerianos, não. Voltaram para o aeroporto para dormirem no avião”, detalhou o defensor.
Posteriormente, pediu que os seus líderes políticos os ajudassem e que a Confederação Africana de Futebol devia ver o que está acontecendo.
O grande nome desta geração da Nigéria, o centroavante Osimhen, não integra o grupo, pois está machucado. Mesmo assim, ele pediu ajuda aos companheiros e apoia a decisão de não entrar em campo. O atacante Boniface, que está entre os convocados afirmou que a “situação estava ficando assustadora”.