Emocionada, a esposa do ex-jogador Robinho, Vivian Guglielmetti, de 40 anos, defendeu, em entrevista ao Metrópoles, a inocência do marido ao alegar que ele foi perseguido na Itália e condenado pelo que disse a amigos em ligações telefônicas.
O ex-atleta do Milan e dos Santos está desde março no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo. Ele cumpre no Brasil a condenação de nove anos de prisão imposta pela Justiça italiana por estupro coletivo de uma mulher albanesa.
“Eu poderia estar em qualquer lugar hoje com os meus três filhos, sem querer saber desta história. Não, eu estou aqui. Eu vou lutar pela minha família, pelo meu casamento, pelos meus filhos. As minhas questões pessoais de marido e mulher, resolvi lá atrás. O erro foi a traição. Eu fui traída e hoje ridicularizada mundialmente. Mas escolhi lutar pela verdade”, afirmou Vivian Guglielmetti.
“É muito difícil para mim, por tudo isso que tem acontecido. É tudo muito pesado para nós. [Falo] pela honra da minha família, pela nossa dignidade, para a gente poder andar de cabeça erguida pela rua”, acrescenta.
Ela garantiu ter lido todo processo: “Ninguém no Brasil sabe mais desse caso que eu”.
Vivian disse que ouviu todas as conversas de Robinho com amigos. “O Robinho foi condenado por áudios entre amigos, imorais, horrorosos. Só que isso não é um crime. A traição que houve comigo não é um crime. Está muito distante de ser um crime. Entre um ato imoral e um crime tem uma distância muito grande. Ele está há oito meses pagando por algo que não aconteceu”, pontua.
“São horríveis aqueles áudios, são vergonhosos, são imorais. É triste. Me dava raiva porque eu sei quem é o Robinho, de levar as coisas sempre na brincadeira. Na minha percepção, ele tinha tanta tranquilidade de que ele não tinha feito nada, que ele brinca: ‘Ah, que se dane’”, acrescentou.
O caso
O caso ocorreu no dia 22 de janeiro de 2013, na boate Sio Cafe, em Milão, na Itália. Em 2014, Robinho admitiu ter mantido relações sexuais com a vítima, mas negou violência sexual.
Vivian confessa que chegou a pensar em se separar de Robinho em 2014, quando o caso começou a ser investigado pela polícia italiana. “Eu cheguei em casa e falei: ‘Vou embora, vou pegar meus filhos e estou indo embora’. Ele: ‘Não, pelo amor de Deus. Meu erro foi ter te traído, não vou mais fazer”.
A esposa visita Robinho toda semana na cadeia. “Vou lá todas as semanas. Levo a comidinha dele, os produtos de higiene, os produtos de limpeza. Graças a Deus, ele tem uma cabeça muito boa. Eu, às vezes, vou para tentar acalmá-lo, e é ele quem me acalma”, afirmou.