O meia Gustavo Scarpa, do Atlético, pediu a penhora de qualquer investimento de Willian Bigode, atacante do Santos e que defendeu o Cruzeiro de 2013 a 2016. A Justiça de São Paulo atendeu à solicitação e enviará um ofício a três instituições financeiras.
Scarpa luta para recuperar os R$ 6 milhões investidos após sugestão de Bigode, quando ambos jogavam no Palmeiras. O lateral-direito Mayke também está envolvido no caso.
A Justiça de São Paulo aceitou o pedido de Scarpa e o encaminhou aos bancos Itaú, Bradesco e XP. Dessa forma, será penhorado qualquer investimento de Bigode no valor de R$ 4,8 milhões.
Em outra ação, foram penhorados R$ 538.777,62 das contas de Willian e seus sócios.
A decisão também prevê o bloqueio de 10% do salário de Willian no Santos, seu atual clube, e de 20% dos valores que o atacante tem a receber do Fluminense, algo em torno de R$ 1,4 milhão.
Processo contra Bigode
Mayke e Gustavo Scarpa processaram Willian por suposto golpe de R$ 10,4 milhões. A dupla fez um investimento milionário na Xland Holding Ltda por indicação da WLJC Gestão Financeira – empresa que pertence ao agora atacante do Santos.
Na época, a proposta envolvia um retorno de 3,5% a 5% ao mês – valores acima dos praticados pelo mercado.
Em conversa com Scarpa, os donos da Xland afirmaram que o patrimônio da empresa tinha ultrapassado R$ 2 bilhões, incluindo pedras de alexandrita, um material de grande valor, além de chácaras e terrenos como garantia.
Os problemas começaram em meados de 2022, quando os jogadores – que estavam no Palmeiras na época – tentaram resgatar a rentabilidade, mas não tiveram sucesso após seguidas negativas e adiamentos da Xland.
Mais tarde, eles tentaram romper o contrato, mas também não receberam o valor devido. Quando os companheiros acionaram Willian, que aplicou R$ 17,5 milhões, este alegou ter sido outra vítima do golpe.