FUTEBOL NACIONAL

Robinho tem ‘nova cartada’ para conseguir redução da pena

Robinho é condenado a 9 anos de prisão por estupro coletivo; ex-jogador está preso desde março do ano passado em Tremembé, em São Paulo
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Robinho solicitou redução de pena na Justiça após receber um certificado de conclusão de curso profissionalizante. Condenado pela justiça italiana e detido em Tremembé, no interior de São Paulo, por estupro coletivo, o ex-jogador pede que sua pena de nove anos de prisão tenha diminuição de 50 dias.

Para isso, Robinho apresentou o diploma como documento comprobatório de uma atividade de 600 horas. Trata-se de um curso de “eletrônica básica, rádio e TV” em formato EAD, ou seja, na modalidade de ensino à distância. A informação é do g1.

O pedido para redução de pena foi feito na última terça-feira (28/1). A defesa de Robinho afirma que o ex-atleta “desenvolveu atividades de qualificação profissional” entre abril e setembro de 2024. Ele está preso desde março do ano passado.

Ainda não há decisão da Justiça acerca da redução de pena. O Ministério Público, inclusive, solicitou ao presídio uma fiscalização em torno do tempo gasto no curso para, só então, se manifestar a favor ou contra ao pedido.

Robinho em busca da redução penal

Robinho, segundo o g1, se inscreveu para uma vaga na Fundação Professor Doutor Manoel Pedro Pimental (Funap), que emprega presos. Afinal, trabalho e cursos são formas de redução penal.

No entanto, além de esperar a vaga, Robinho se dedicou ao curso profissionalizante do Instituto Universal Brasileiro (IUB), o qual apresenta certificado de conclusão para o pedido de diminuição de pena. Para conseguir o diploma, o ex-jogador adquiriu materiais e passou por uma avaliação.

Redução de pena

Por lei, presos podem ter redução de pena em caso de dedicação de horas a trabalhos e cursos. Conforme o Programa de Remição de Pena, a cada 12h praticadas em curso, o preso pode diminuir um dia de pena.

Para isso, a defesa do preso deve apresentar o cálculo de remição em processo. A redução só é protocolada após decisão judicial.

Relembre o caso Robinho

O crime aconteceu em 2013, em uma boate em Milão, na Itália, e foi confirmado pelos policiais que colocaram escutas no carro do ex-jogador, que estava no Milan.

Em 2017, Robinho foi condenado em terceira e última instância a nove anos de prisão pela justiça italiana por estupro coletivo contra uma jovem albanesa. Segundo a sentença, Robinho e mais cinco amigos (Fabio Cassis Galan, Clayton Florêncio dos Santos, Alexsandro da Silva, Rudney Gomes e Ricardo Falco) estupraram uma mulher albanesa, sendo que ele e Ricardo acabaram condenados. Os outros quatro homens deixaram a Itália durante as investigações e não foram processados.

Após a defesa recorrer, a decisão foi confirmada pela suprema corte da Itália em janeiro de 2022. Em fevereiro, foi expedido um mandado de prisão internacional. Porém, como os países não têm acordo de extradição, ele não voltou à Itália para cumprir a pena.

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