FUTEBOL NACIONAL

Gabigol, Neymar, Arrascaeta e mais: jogadores se unem contra gramado sintético

'Se o Brasil deseja definitivamente estar inserido como protagonista no mercado do futebol mundial, a primeira medida deveria ser exigir qualidade do piso que os atletas jogam e treinam', disseram os atletas

Grandes jogadores do futebol brasileiro, o goleiro Cássio, o zagueiro Thiago Silva, os meio-campistas Coutinho, Gerson e Lucas e os atacantes Gabigol e Neymar, entre outros, uniram forças e fizeram movimento em defesa da grama natural e contra o gramado sintético nos estádios do Brasil.

“Preocupante ver o rumo que o futebol brasileiro está tomando. É um absurdo a gente ter que discutir gramado sintético em nossos campos. Objetivamente, com tamanho e representatividade que tem o nosso futebol, isso não deveria nem ser uma opção. A solução para um gramado ruim é fazer um gramado bom, simples assim”, disseram os atletas.

“Nas ligas mais respeitadas do mundo os jogadores são ouvidos e investimentos são feitos para assegurar a qualidade do gramado nos estádios. Trata-se de oferecer qualidade para quem joga e assiste. Se o Brasil deseja definitivamente estar inserido como protagonista no mercado do futebol mundial, a primeira medida deveria ser exigir qualidade do piso que os atletas jogam e treinam”, acrescentaram.

“Futebol é natural, não sintético! Não ao gramado sintético!”, postaram os jogadores.

Estádios com grama sintética

No futebol brasileiro, os estádios Allianz Parque (Palmeiras), Arena da Baixada (Athletico-PR), Nilton Santos (Botafogo) e Arena MRV (Atlético) possuem gramado sintético.

O movimento dos jogadores foi publicado nas redes sociais dois dias depois de o técnico Zubeldía, do São Paulo, mencionar o assunto após empate com o Palmeiras, por 0 a 0, no Allianz Parque.

“Há algo que tenho claro: os jogadores de todo o Brasil preferem gramado natural. Por uma questão de saúde e também de espetáculo. Entendo que seja mais caro, porque sendo natural, se você quer fazer a quantidade de shows que acontecem no Brasil, se quer fazer a quantidade de shows que o Palmeiras faz, claro, quando desmonta o palco, precisa investir novamente no gramado natural. Mas é o que acontece. Os clubes buscam recursos com total justiça e, por isso, colocam esse tipo de gramado”, disse o técnico.

“Acredito que, em algum momento, os jogadores terão que se unir. Em algum momento, os jogadores terão que tomar uma posição sobre isso. Porque quem está perdendo, ou pode perder ainda mais, é o jogador de futebol e sua saúde. E digo isso porque, aos 23 anos, não pude jogar mais por causa do meu joelho”, completou o argentino.

A maioria dos estudos publicados sobre o tema diz que não há comprovação que a grama sintética aumente o risco de lesões.

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