Ex-dirigente do Cruzeiro, Lênin Franco deixou o cargo de diretor comercial e de marketing da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Sem anunciar os novos rumos da carreira, o profissional informou a saída da entidade nesta quarta-feira (2/4).
Hoje, interrompo a minha passagem pela CBF. Tomar a decisão de pedir para sair nunca é fácil. O futebol é minha paixão, e trabalhar na CBF foi um privilégio. Mas a vida nos coloca diante de escolhas e, com convicção, sigo por um caminho diferente, alinhado com aquilo em que acredito e com meus objetivos de vida”, publicou nas redes sociais.
“Foram 18 meses de muita entrega, aprendizados e momentos inesquecíveis dentro da CBF. Nesse tempo, vivi muitas experiências e participei de grandes projetos, como a renovação do contrato da Nike (o maior da história); campanhas como ‘Brasil com S’ e a de ancestralidade de Vini Jr.; e a emoção de participar do anúncio do Brasil como sede da Copa do Mundo Feminina de 2027”, acrescentou.
Lênin Franco no Cruzeiro
Lênin Franco trabalhou no Cruzeiro durante a gestão de Ronaldo Nazário na Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O ex-diretor tinha como principal missão expandir o programa ‘Sócio Cinco Estrelas’. A Raposa chegou a ter mais de 71 mil contribuintes ao final da Série B do Campeonato Brasileiro de 2022, mas teve queda vertiginosa no número logo na volta à Série A.
Em junho de 2022, o gestor Ronaldo Fenômeno avisou que a meta de sócios na elite nacional seria de 100 mil torcedores, marca bem distante da realidade. O Cruzeiro chegou a 50.316 colaboradores adimplentes naquele ciclo.
À época, Lênin defendeu a redução da quantidade de modalidades, que tinham mais de dez opções. O diretor comercial também não conseguiu implementar o season ticket – espécie de ingresso para os sócios para toda a temporada.
Sucesso de público no ano passado, a ‘Caravana do Cruzeiro’ foi uma das ações de marketing mais acertadas durante a gestão de Lênin. Criada em agosto de 2022, a iniciativa tinha como propósito aproximar o clube dos torcedores que moram no interior de Minas Gerais.
Outra medida respondida por Lênin e que dividiu opiniões dos torcedores foi a mudança de visual do Raposão e Raposinho, em março deste ano. As mascotes passaram por uma reformulação abrupta, o que revoltou grande parte da torcida cruzeirense.
O Cruzeiro se viu obrigado a suspender a repaginação dos animadores de torcida diante da ‘chuva’ de críticas nas redes sociais e dos protestos contra a ideia. Depois disso, o clube também criou o “comitê de torcedores” para debater projetos de marketing com participação direta dos sócios.
No fim de julho, a diretoria celeste abriu votação para os sócios-torcedores escolherem o formato do novo Raposão. A versão marrom claro foi a eleita, com 55,5% dos votos.
