
A polícia do Equador tenta localizar familiares do lateral do Emelec Jackson Rodríguez, que foram sequestrados na madrugada dessa quarta-feira (23/4). Os homens invadiram a casa do jogador e, ao perceber a presença dos criminosos, ele se escondeu embaixo da cama para evitar o rapto. Os sequestradores, então, levaram a esposa e o filho de Rodríguez. A criança tem 5 anos.
A família vive em um bairro de Guayaquil, cidade que fica a 270 km de Quito, capital do país. Os bandidos também roubaram dinheiro e itens da casa. O Emelec ainda não se pronunciou sobre o caso.
Edison Rodríguez, chefe de polícia, contou que, de acordo com relatos, os homens entraram na casa do jogador por volta das 3h, depois de arrombar a porta. Segundo ele, Jackson disse aos agentes que, ao escutar os barulhos, decidiu se esconder embaixo da cama do casal. Ao entrarem no quarto, os sequestradores perguntaram à esposa pelo jogador e, diante da resposta de que ele não se encontrava na residência, decidiram levar a mulher e o filho.
O jogador, que tem 26 anos, afirmou aos policiais que os homens saíram em uma “caminhonete cabine dupla de cor cinza”.
Jogador enfrentou o Atlético
Jackson Rodrigues integrou o time do Emelec que enfrentou o Alético, pelas oitavas de final da Copa Libertadores de 2022. Ele foi titular nos dois jogos da fase.
Na partida de ida, o Galo empatou com o time equatoriano por 1 a 1, no Estádio George Capwell, em Guayaquil. Ademir marcou o gol do alvinegro e Sebastián Rodríguez igualou o placar cobrando pênalti – marcado após choque entre Nathan Silva e Cabeza na área.
Na etapa final, o volante Allan foi expulso por cotovelada em um adversário e, nos últimos minutos da partida, Hulk ainda desperdiçou a chance de colocar o Atlético na frente de novo, em cobrança de penalidade que parou nas mãos do goleiro Ortiz.
Uma semana depois, no entanto, o camisa 7 se redimiu ao fazer, também de pênalti, o gol que garantiu o triunfo do Galo por 1 a 0, no Mineirão, e assegurar a vaga da equipe nas quartas de final do torneio continental daquele ano.
Segurança no Equador
O Equador vive momentos de muita insegurança. Em 2024, teve a maior taxa de mortes violentas da América Latina, segundo levantamento do grupo especializado Insight Crime. E os primeiros meses de 2025 não têm sido diferentes.
Em 19 de abril, o governo do país decretou “alerta máximo de segurança” depois que o serviço de inteligência identificou um possível plano para assassinar o presidente Daniel Noboa, reeleito dias antes.
Relatório do Comando Conjunto das Forças Armadas apontou que, após a reeleição de Noboa, “começaram os deslocamentos de assassinos de aluguel do México e outros países para o Equador, com a finalidade de realizar atentados terroristas contra o presidente da República” e seus funcionários mais próximos.