O jornalista Carlos Javier Moreira Echague, narrador de um veículo dedicado ao Nacional do Uruguai, foi punido pela Conmebol por injúria racial. O profissional do Pasión Tricolor chamou torcedores brasileiros de ‘macacos’ durante a transmissão do empate por 3 a 3 entre Internacional e o clube de Montevidéu, nessa terça-feira (22/2), no Beira-Rio, em Porto Alegre, pela terceira rodada do Grupo F da Copa Libertadores.
“Eles gritaram gol para nós e depois se c******. Você veio gritar gol para nós e se c****. Assim são esses macacos”, declarou Carlos Javier Moreira Echague, se referindo a torcedores do Internacional que comemoravam o empate contra o Nacional.
Como punição pelo comentário racista, Echague foi proibido de se credenciar para jogos da Conmebol por tempo indeterminado.
Nos perfis do Pasión Tricolor nas redes sociais, o jornalista pediu desculpas por ter usado uma expressão ‘comum’ no Uruguai. Ele também alegou que foi xingado e quase agredido por torcedores colorados na comemoração pelo gol que garantiu o empate do Inter na partida.
“Quero expressar minhas desculpas a todos que possam ter se sentido ofendidos. No momento do empate do Inter, alguns torcedores começaram a me insultar e tentaram me agredir fisicamente enquanto eu narrava a partida. Nesse contexto, usei uma expressão que é comum no meu país e que não tem nenhuma conotação racista. Jamais tive a intenção de menosprezar ou desqualificar ninguém”, iniciou Echague.
“Sempre promovi a inclusão no futebol e na sociedade, valores que são fundamentais para mim, vindo de uma família tradicional uruguaia onde esses princípios são considerados pilares essenciais. Reafirmo meu compromisso, e o de toda a equipe da Pasión Tricolor, de continuar trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de qualquer tipo de discriminação”, acrescentou.
Outro episódio de racismo no Beira-Rio
Um torcedor do Nacional, de 29 anos, foi preso em flagrante por injúria racial. Ele foi filmado imitando um macaco em direção à torcida do Internacional.
Natural de Trinidad, cidade localizada a cerca de 190 quilômetros de Montevidéu, o uruguaio seguirá preso em Porto Alegre até a audiência de custódia.
Ele possui antecedentes criminais por receptação no país vizinho.
