FAIR-PLAY FINANCEIRO

CBF anuncia grupo para criar fair-play financeiro; veja convidados

Presidente Samir Xaud anunciou medida para colocar em prática o fair-play financeiro no futebol brasileiro; clubes poderão participar do debate

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta segunda-feira (9/6) a criação de um grupo de trabalho (GT) para criar uma proposta de Regulamento do Sistema de Sustentabilidade Financeira (fair-play financeiro). Segundo a portaria, a equipe contará com representantes da entidade, de clubes das Séries A e B, das federações estaduais e consultores técnicos independentes.

Clubes e federações têm até este sábado para manifestar o interesse em participar do grupo de trabalho. Caso o número de interessados seja elevado, a definição dos componentes será feita pelo presidente do GT – o vice-presidente da CBF, Ricardo Gluck Paul – “com base em critérios que assegurem a diversidade regional, a representação de diferentes modelos de gestão e o equilíbrio entre os diversos segmentos do futebol nacional”.

“Hoje é um dia importante para o futebol brasileiro, estamos assinando a portaria que cria um grupo de trabalho para finalmente tirar do papel o fair-play financeiro, uma demanda antiga dos clubes que há mais de 10 anos esperavam por essa prática”, declarou o presidente da CBF, Samir Xaud.

“Em 90 dias teremos um conjunto normativo pronto, regras claras para promover equilíbrio financeiro, transparência e sustentabilidade nos clubes. Essa é a nova CBF, ágil, aberta ao diálogo e comprometida em resolver questões estruturais. O fair-play financeiro não é mais uma promessa, é um projeto em andamento e vamos construí-lo juntos”, seguiu.

Objetivos do grupo de trabalho

Segundo a portaria, o grupo de trabalho tem os seguintes objetivos:

  • Estabelecer o conceito e os procedimentos de avaliação, monitoramento e sanção com base nas informações contábeis e financeiras auditadas;
  • Propor modelo de implementação gradual das obrigações do regulamento, respeitando as diferenças regionais e as situações financeiras específicas de cada clube;
  • Recomendar mecanismos de governança, transparência e prestação de contas;
  • Identificar boas práticas internacionais e promover benchmarking com sistemas similares de outras entidades;
  • Sugerir modelo de suporte técnico e educacional aos clubes para adequação às normas propostas.
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