LUTO NO FUTEBOL

Morre Peter Rufai, goleiro que disputou as Copas do Mundo de 1994 e 1998

Rufai era filho do rei de Idimu, região da Nigéria que vive de forma tribal; ele tinha 61 anos e enfrentava uma 'doença prolongada'

Morreu nesta quinta-feira (3), aos 61 anos, o ex-goleiro Peter Rufai, que defendeu a Nigéria nas Copas do Mundo de 1994 e 1998. O arqueiro também conquistou o título da Copa Africana de Nações em 94. Uma doença prolongada foi a causa do falecimento.

Além de ser um dos grandes nomes da geração que levou a Nigéria para sua primeira Copa do Mundo e um dos dez jogadores com mais jogos pelos Super Eagles, Rufai ganhou destaque por ser príncipe. Seu pai era rei de Idimu, região do país que vivia de forma tribal. Quando o trono ficou vago, o atleta recebeu o convite para discutir a sucessão, mas recusou para focar no futebol.

“Nunca quis ser rei. Se aceitasse não poderia ser jogador. Eu sei que teria uma vida boa, porque sei como viviam meus pais. Mas aquilo não era para mim. Não me fazia feliz. Eu queria era o futebol. Queria o gramado, queria a rua, queria estar com os amigos, queria ensinar crianças a jogar futebol. Isso era o que me dava alegria”, relatou em uma entrevista em 2016.

Nascido em 24 de agosto de 1963, Peter Rufai começou a carreira no Stationery Stores, da Nigéria. Posteriormente, jogou no Femo Scorpions, de seu país, e no Dragons de l’Ouémé, de Benim. Na Europa, rodou por Bélgica (Lokeren e Beveren), Holanda (Go Ahead Eagles), Portugal (Farense e Gil Vicente) e Espanha (Hércules e Deportivo La Coruña).

Depois de pendurar as luvas, aos 37 anos, em 2000, Rufai fundou a Staruf Sports Development para o desenvolvimento esportivo de jovens do país. Por meio das redes sociais, a Federação Nigeriana de Futebol lamentou o falecimento do ex-goleiro.

“Para sempre em nossos corações, Dodo Mayana. Lamentamos o falecimento do lendário goleiro das Super Águias, Peter Rufai, um gigante do futebol nigeriano e campeão da Copa Africana de Nações de 1994. Seu legado vive entre as traves e além. Descanse em paz, Peter Rufai”, escreveu.

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