Morreu na noite dessa terça-feira (8/7), em Poços de Caldas-MG, o ex-atacante Mirandinha, aos 68 anos. Ele é ídolo e maior artilheiro da história da Caldense, com 95 gols em 307 partidas. Vestiu a camisa da Veterana de 1976 a 1980 e de 1989 a 1991.
De acordo com nota divulgada pela Caldense, Mirandinha vinha enfrentando problemas de saúde nos últimos anos, mais recentemente uma cirrose hepática. Além disso, estava com dificuldades de locomoção devido ao desgaste da cabeça do fêmur.
Ele foi encontrado desacordado na manhã de terça no local em que estava morando. Foi socorrido por uma ambulância e levado a uma unidade de atendimento, onde morreu. O corpo será velado nesta quarta (9) a partir das 8 horas no Velório Municipal. O sepultamento será às 16h30 no Cemitério Parque.
“A Associação Atlética Caldense manifesta os mais sinceros sentimentos de pesar a amigos e familiares pelo falecimento de Mirandinha, uma perda irreparável que deixará uma lacuna na história alviverde. Seu nome está gravado para sempre na trajetória do clube”, disse a Caldense, equipe campeã mineira em 2002.
Batizado como Gláucio Rocha de Azevedo, ele nasceu em Varginha-MG, em 14 de agosto de 1956. Recebeu o apelido de Mirandinha pela semelhança com o craque do São Paulo.
Carreira de Mirandinha
Em sua primeira temporada como profissional, marcou 22 gols e foi peça fundamental na conquista do Campeonato Mineiro do Interior e do Torneio Incentivo.
Nas temporadas seguintes continuou sendo decisivo e marcou diversos gols importantes, o principal deles foi feito de cabeça no empate por 1 a 1 com o Internacional, pelo Campeonato Brasileiro de 1979 – o Colorado sagrou-se campeão invicto daquele ano, e a Veterana foi um dos poucos times a arrancar um empate do time de Falcão, Benítez, Mauro Galvão e companhia.
Mirandinha ainda defendeu Bangu-RJ, Ferroviária-SP, Juventus-SP, Joinville-SC, Náutico-PE, Juventude-RS e Panathinaikos, da Grécia.
O atacante tinha uma testada letal, inclusive brincava dizendo que “tinha até a testa calejada de tanto treinar cabeceio”.
Após pendurar as chuteiras abriu escolinha de futebol em Poços, depois se mudou para o Rio de Janeiro para trabalhar no Bangu e, quando se aposentou, retornou a Poços, a cidade onde escolheu viver. Em 2018 foi homenageado pela Caldense com um troféu por ser o maior artilheiro da história da Veterana, em evento na sede social do clube.