Samir Xaud, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), é um dos investigados na Operação Caixa Preta, conduzida pela Polícia Federal (PF) para apurar a suspeita de crime eleitoral em Roraima. A informação é do site ge.
O dirigente da CBF foi alvo de busca e apreensão em sua residência e na sede da entidade, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (30/7).
Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra a deputada federal Helena da Asatur (MDB) e o marido dela, o empresário Renildo Lima.
Ainda foram bloqueados, segundo a reportagem do ge, R$ 10 milhões nas contas bancárias dos investigados.
A operação da PF busca descobrir se houve compra de votos nas eleições municipais de 2024, em Roraima.
As investigações tiveram início a partir da prisão de Renildo Lima, em setembro daquele ano. Com ele foram encontrados R$ 500 mil – parte do dinheiro estava escondida na cueca do empresário.
Presidente da CBF
Médico de formação, Samir Xaud, de 41 anos, foi eleito presidente da CBF em 25 de maio, com mandato que vai até 2029.
O pai dele, Zeca Xaud, está à frente da Federação Roraimense de Futebol desde 1975.
A escolha de Samir Xaud para o comando da CBF não foi unânime. Embora tenha sido o único candidato no pleito, ele teve o apoio da maioria das federações de futebol do país, porém enfrentou resistência entre alguns clubes.
Posição da CBF
Em nota oficial, a CBF se manifestou sobre a ida de policiais federais à sede, no Rio. Informou que os agentes ficaram quase meia no prédio da entidade e que nenhum material foi levado.
Acrescentou também que a CBF não tem qualquer relação com a operação policial.
Veja o comunicado na íntegra.
“A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informa que recebeu agentes da Polícia Federal em sua sede entre 6h24 e 6h52 desta quarta-feira, num desdobramento de investigação determinada pela Justiça Eleitoral de Roraima. É importante ressaltar que a operação não tem qualquer relação com a CBF ou futebol brasileiro e que o presidente da entidade, Samir Xaud, não é o centro das apurações. A CBF esclarece que, até o momento, não recebeu nenhuma informação oficial sobre o objeto da investigação. Nenhum equipamento ou material foi levado pelos agentes. O Presidente Samir Xaud permanece tranquilo e à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários.”
