O Mineirão chega aos 60 anos nesta sexta-feira (5/9) registrando, em sua trajetória, momentos históricos. Muitos foram os craques que desfilaram por seu gramado nessas seis décadas, e muitos deles ficaram eternizados no Gigante da Pampulha. Entre esses, os autores dos golaços – ou gols, literalmente, de placa.
A expressão ‘gol de placa’ é usada para se referir aos gols mais plásticos e bonitos do futebol.
Para homenagear os atletas donos de golaços, criou-se a tradição de presenteá-los com placas de metal para marcar a data que a ‘obra-prima’ foi realizada no gramado no Mineirão. Poucos nomes estão nessa seleta lista. Ao todo, são apenas sete.
Por ser um conceito subjetivo, a decisão de presentear os jogadores com uma placa não parte do estádio. Nas sete ocasiões em que os atletas foram homenageados, a ideia surgiu de diferentes formas. É possível que o próprio clube presenteie, ou que uma torcida se junte para isso, ou até mesmo que os cronistas decidam por tal.
A tradição dos gols de placa no Mineirão começou em 1978 e continuou no remodelado Gigante. Hoje, elas estão expostas no Museu do Futebol, que fica no estádio.
Os gols de placa atleticanos
O primeiro gol de placa no Mineirão foi marcado por Reinaldo, em 18 de fevereiro de 1978. A ‘pintura’ foi no jogo em que o Atlético venceu o América-RN por 6 a 0.
A homenagem foi concedida pelo icônico goleiro do Galo, Kafunga, que defendeu o alvinegro por 20 temporadas, entre 1935 e 1954.
Dos homenageados com a camisa preta e branca, Toninho Cerezo foi o segundo, por gol marcado em 1980, na vitória do Atlético sobre o Cruzeiro, por 1 a 0. A homenagem foi dada pela torcida atleticana.
Os gols de placa cruzeirenses
A lista de homenageados do Cruzeiro é maior. Seixas foi o primeiro cruzeirense a ganhar uma placa. O presente foi pelo gol marcado em 1984 e a decisão foi da torcida e da diretoria celeste em conjunto.
Depois dele, o ídolo Alex recebeu a placa pelo gol marcado no empate com o São Caetano por 2 a 2, em 30 de março de 2003. A homenagem foi feita pela diretoria do Cruzeiro, encabeçada pelo presidente da época, Alvimar de Oliveira Costa.
Por último, e o mais recente dos gols de placa no Mineirão, o meio-campista Éverton Ribeiro foi homenageado por golaço marcado diante do Flamengo, pelas oitavas de final da Copa do Brasil de 2013. No lance, Ricardo Goulart evitou que a bola saísse pela linha lateral e cruzou.
Na área, em velocidade, Everton Ribeiro deu um chapéu em Luiz Antônio e bateu de primeira, sem deixar que a bola encostasse no chão, acertando o ângulo direito do goleiro rubro-negro.
O gol rendeu uma placa interativa, em que o gol se repetia. A homenagem foi concedida pelo Cruzeiro e ficou exposta no Gigante da Pampulha por algum tempo. Atualmente, ela está com o clube.
Outros homenageados no Mineirão
Os outros dois gols nessa lista não são de jogadores de Atlético e Cruzeiro. Em 1983, Zé Carlos, do Villa Nova, foi homenageado por gol marcado contra o Atlético. A decisão foi de grupos de cronistas em conjuntos com o clube.
Por fim, o único jogador dessa lista que não defendeu times mineiros e recebeu a homenagem foi o goleiro Rogério Ceni. Ele recebeu a placa por feito histórico.
Em 20 de agosto de 2006, se tornou o maior goleiro artilheiro do futebol mundial ao marcar os dois gols do São Paulo no empate por 2 a 2 com o Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro.
A placa foi iniciativa da Administração dos Estádios do Estado de Minas Gerais (Ademg), que geria o Mineirão na época.
Jogadores dos gols de placa no Mineirão
- Reinaldo
- Toninho Cerezo
- Zé Carlos
- Seixas
- Alex
- Rogério Ceni
- Éverton Ribeiro





