O diretor de competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Julio Avellar, detalhou nesta quarta-feira (1º/10), em coletiva de imprensa, o processo de criação da Copa Sul-Sudeste.
A competição terá equipes do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – o Espírito Santo ficará de fora, pois os times desse estado participarão da Copa Centro-Oeste.
A Copa Sul-Sudeste será destinada para aqueles clubes que não conseguirem vaga na Copa Libertadores ou Sul-Americana. Ao todo, serão 12 participantes. A primeira edição será na temporada 2026.
Vai pegar?
Ao ser questionado sobre a nova competição, o dirigente da CBF expôs a incerteza. Ao justificar o projeto, Julio Avellar foi direto. “Se a competição vai pegar? A gente não sabe”.
A frase, impactante para o lançamento de um novo produto, veio acompanhada de uma explicação sobre a origem da demanda, que, segundo ele, não foi uma imposição da CBF, mas um movimento vindo dos clubes do Sul do Brasil e também do mercado.
“Essa demanda a gente viu de duas maneiras. Tinha uma demanda, principalmente dos estados do Sul, para essa competição”, revelou Avellar. “O feedback que a gente recebeu de alguns clubes é o de que eles têm interesse”, completou.
O segundo pilar, talvez o mais decisivo para a viabilidade do projeto, veio do mercado.
“Quando fomos ao mercado conversar com potenciais detentores [de direitos de transmissão], eles externaram esse anseio, essa possibilidade de se criar uma competição que privilegiasse essa regionalização, assim como acontece na Copa Verde”.
Julio Avellar, diretor de competições da CBF
Formato da competição
A Copa Sul-Sudeste contará com a participação de 12 clubes dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A classificação se dará pelo desempenho nos campeonatos estaduais e possíveis torneios seletivos.
Na fase inicial, os times serão divididos em dois grupos de seis, mas se enfrentarão em turno único contra as equipes da outra chave. A tabela será desenhada para preservar a realização de clássicos locais. Este modelo, com um total de 42 partidas, garante um mínimo de seis jogos para todos os participantes.
Os melhores colocados de cada grupo avançam para as semifinais, que serão disputadas em formato de ida e volta, assim como a grande final. Os dois finalistas chegarão a um máximo de dez jogos no torneio. O grande atrativo da competição é a premiação para o campeão, que garantirá uma vaga direta na terceira fase da Copa do Brasil do ano seguinte.