Como segundo colocado do Grupo A da Terceira Divisão, o São Bernardo conquistou inédito acesso à Série B do Campeonato Brasileiro. A subida do Bernô teve o aporte do empresário Roberto Graziano, dono do clube da região do ABC Paulista desde 2019.
Roberto Graziano é dono do Grupo Magnum, empresa detentora da marca de relógios Champion e também fabricante de joias.
Após o fim de participação na cogestão do Guarani, Roberto Graziano iniciou a trajetória no São Bernardo. O empresário tinha autonomia de 100% em tomadas de decisão do clube.
Em 2021, na terceira temporada da gestão do magnata, o São Bernardo subiu da Série A2 para a A1 do Campeonato Paulista.
Desde 2023, o Tigre do ABC frequenta as quartas de final do Paulistão.
Escalada de divisões
Nas divisões nacionais, o São Bernardo subiu da Série D para a Terceira Divisão em 2022. Depois de três anos na Série C, o Bernô alcançou o segundo escalação do futebol nacional.
Londrina, Ponte Preta e Náutico foram os outros clubes que conseguiram o acesso à Série B de 2026.
O título será decidido por Londrina e Ponte Preta. Os dias 19 (Londrina) e 26 (Campinas) de outubro são as datas reservadas pela CBF para a final da Série C.
Aporte ao Cruzeiro
Ligado ao esporte, Graziano já fez aporte financeiro que ajudou o Cruzeiro em período de grave crise financeiro.
Com o patrocínio da Champion, entre 2021 e 2023, a Raposa recebeu cerca de R$ 15 milhões.
O valor ajudou o clube celeste em dívidas relacionadas ao transfer ban da Fifa – pagamentos pelas aquisições dos direitos econômicos de Arrascaeta e Riascos, em 2015, junto a Defensor, do Uruguai, e Mazatlán, do México.
Envolvimento com o Guarani
O envolvimento de Graziano com o Guarani começou em 2013 e terminou em 2019. O Bugre passava por dificuldade financeira, e o empresário participou de propostas de parceria para a gestão do futebol.
Apesar de atritos com a diretoria da associação, o Grupo Magnum foi crucial para a quitação de dívidas trabalhistas do Guarani no período.
Em 2015, o empresário arrematou o Brinco de Ouro em leilão. Ele desembolsou R$ 105 milhões pelo estádio do Guarani, em Campinas.