O goleiro Bruno Fernandes está prestes a ser anunciado como novo reforço do Capixaba Futebol Clube, do Espírito Santo. O time, que busca atrair atenção com um elenco repleto de jogadores com passagem por grandes clubes, pode se tornar o próximo destino do atleta.
Caso o acerto se confirme, Bruno se juntará a um elenco que já conta com nomes conhecidos do futebol nacional:
- Bernardo (ex-Vasco e Cruzeiro)
- Jobson (ex-Botafogo e Atlético)
- Rodrigo Ramos (ex-Coritiba)
- Régis (ex-São Paulo)
Posicionamento do Capixaba
A informação sobre a contratação foi confirmada pelo presidente do Capixaba, Daniel Costa, em entrevista à TV Globo. Segundo o dirigente, o acordo está perto de ser finalizado.
“As conversas estão bem avançadas. O Bruno já demonstrou total interesse em vestir a camisa do Capixaba e está alinhado com a filosofia do clube. Restam apenas alguns detalhes burocráticos e contratuais para que o acordo seja oficialmente assinado. O Bruno sabe da responsabilidade que essa oportunidade carrega e tem mostrado respeito e comprometimento em cada etapa do diálogo.”
Daniel Costa, presidente do Capixaba
Atualmente, Bruno defende as cores do Palmeiras do Recanto, um time amador de Minas Gerais.
Crime cometido pelo goleiro Bruno
Bruno foi condenado a mais de 22 anos de prisão pelo assassinato de Eliza Samúdio, mãe de seu filho Bruninho, ocorrido em 2010. Em 2013, a Justiça o condenou por:
- Homicídio triplamente qualificado
- Sequestro e cárcere privado do filho
- Ocultação de cadáver
Bruno está em liberdade condicional desde 2023.
Projeto de reintegração
Daniel Costa afirmou que a contratação se insere em um projeto de ressocialização do clube, que utiliza o futebol como ferramenta de reintegração social.
“Nosso clube já atua com categorias de base, projetos sociais e programas que oferecem oportunidade a jovens e adultos em situação de vulnerabilidade. Acreditamos que o futebol tem um poder único de reconstruir histórias. O Capixaba, como instituição, não julga o passado, mas avalia o presente e o propósito do atleta em se reerguer”, disse.
O presidente reconheceu que a decisão pode gerar “opiniões diversas”, mas reiterou a postura da instituição: “O Bruno já respondeu perante a Justiça e cumpriu a pena imposta. A partir disso, enxergamos o direito de recomeço como parte do processo humano e social.”