O comentarista belo-horizontino Leonardo Bertozzi abriu o jogo sobre “compulsão” que o fez se afastar da ESPN para cuidar da saúde mental entre maio e julho.
Em entrevista ao jornalista Zach Lowy, no site estadunidense RG, Leo disse como foi o processo de pedir ajuda e tratar da saúde mental. Ele ressaltou o apoio da família e da ESPN antes, durante e depois da sua internação no hospital, mesmo que tenha sido alvo de rumores falsos enquanto esteve afastado.
“Nos momentos mais difíceis das nossas vidas, terminamos aprendendo lições valiosas. A que fica comigo é que nossa saúde mental não pode ser negiligenciada. Quando você perceber sinais que a saúde mental possa estar se deteriorando, ou que possa estar info a um ‘mau lugar’, você pode e deve pedir ajuga. Não há vergonha em pedir ajuda”, iniciou Leonardo.
“Você não mostra fraqueza se pedir ajuda. Pelo contrário, é uma demonstração de força. Quando senti que não poderia me recuperar sozinho, pedi ajuda. Decidi sair e procurar um lugar para me tratar. E por mais que algumas pessoas tenham sido muito cruéis em espalhar rumores e inventar coisas, o afeto, a apreciação e o suporte que recebi foram muito maiores que o ‘assédio’ negativo.”
Leonardo Bertozzi
O que mais Bertozzi disse
“Não entro muito em detalhes sobre a minha compulsão por conselho de psiquiatras e psicólogos. Entrei em um processo de entender o que me levou àquele ponto, entender as causas e depois trabalhar em abordá-las da forma mais efetiva. É tipo reprogramar seu cérebro, pensar um pouco, e começar um novo tipo de treinamento. Você começa ‘do zero’ e se prepara de um jeito diferente para sua vida diária, para entender quais coisas realmente importam e, acima de rudo, retomar o controle. É como estar em um carro desgovernado e, subitamente, passar a ter o controle novamente.”
Leonardo Bertozzi, ao RG
Leonardo contou qual foi a resposta da ESPN quando pediu um tempo para se tratar e agradeceu à família, aos amigos e aos colegas da emissora: “Hoje me sinto muito querido e motivado e, acima de tudo, sinto-me completamente recuperado, o que só foi possível graças ao suporte dos meus amigos e da ESPN. Do primeiro dia em que disse que precisava de um tempo para me tratar, eles disseram, “volte quando você estiver bem”.
“Não houve obstáculos ou dificuldades impostas, ; a única preocupação deles foi a minha saúde. Do momento em que eu finalizei minha internação no hospital e voltei à minha casa, todo o apoio deles foi focado em me ajudar a me recuperar. Hoje, estou indo bem porque tenho amigos especiais, colegas especiais, e uma companhia que me ajudou…e uma família, claro. Foi um período difícil, mas me fez mais forte, e hoje posso dizer que sou mais forte que antes graças a essa experiência”, finalizou.
