ELIMINATÓRIAS DA COPA

Nação com um dos menores IDHs do mundo elimina potência africana e segue em busca de volta à Copa após 50 anos

Em jogo dramático decidido nos pênaltis contra a Nigéria, seleção congolesa garante vaga na repescagem intercontinental

A República Democrática do Congo, país com um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo, está a um passo de quebrar um jejum de 50 anos e retornar a uma Copa do Mundo. Neste domingo (16/11), os ‘Leopardos’ venceram a Nigéria na final da repescagem africana, disputada em Marrocos. A classificação veio de forma emocionante, com uma vitória por 4 a 3 nos pênaltis, após um empate por 1 a 1 no tempo regulamentar.

A campanha da RD Congo nas Eliminatórias é um feito histórico, marcado pela superação de potências continentais. Para chegar à decisão, a seleção já havia eliminado Camarões nas semifinais, graças a um gol do capitão Chancel Mbemba. A Nigéria, por sua vez, havia eliminado o Gabão por 4 a 1 na prorrogação.

A façanha coloca a nação, uma das mais pobres do mundo, na repescagem intercontinental, alimentando o sonho de voltar ao maior palco do futebol. A única participação do país em Mundiais ocorreu em 1974, na Alemanha, quando a nação ainda se chamava Zaire.

No jogo decisivo deste domingo, a Nigéria, favorita no confronto, pareceu que iria confirmar sua força rapidamente. Logo aos três minutos de jogo, o volante Frank Onyeka arriscou de fora da área e contou com um desvio no zagueiro Tuanzebe para abrir o placar.

No entanto, a RD Congo demonstrou resiliência e buscou a igualdade ainda no primeiro tempo. Aos 32 minutos, em um contra-ataque veloz, Cédric Bakambu avançou pela área e cruzou para Meschack Elia, que não desperdiçou e empatou a partida.

Com a igualdade persistindo no tempo normal e na prorrogação, a decisão da vaga foi para os pênaltis. A tensão foi máxima: pelos congoleses, Moutoussamy e Tuanzebe não converteram. Pela Nigéria, Calvin Bassey, Moses Simon e Semi Ajayi falharam.

Coube a Mbemba, a responsabilidade da última cobrança. Com frieza, ele converteu, selou o 4 a 3 e deixou a RD Congo a um passo do Mundial.

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