LUTO

Morre o ex-jogador italiano Benito Fantoni, campeão por Atlético e Cruzeiro

O ex-zagueiro do Galo e da Raposa convivia com Alzheimer e enfrentava problemas de saúde há alguns anos

O futebol mineiro amanheceu em luto nesta sexta-feira (26/12) com a partida de Benito Romano Fantoni, aos 94 anos. Membro de uma das linhagens mais tradicionais do esporte no estado, o ex-zagueiro convivia com Alzheimer e enfrentava problemas de saúde há alguns anos.

A jornalista Yara Fantoni, neta de Benito, publicou nota de pesar em suas redes sociais.

“Você foi nobre até na hora de partir. Lutou e esperou o Natal para que todos pudéssemos estar juntos, honrando o que você sempre construiu com todo o amor e caráter do mundo: nossa família! Não existe Fantoni sem a mesa do dia 25 com o nosso tradicional Cappelletti. Não existe Fantoni sem gente falando alto na sala!”, escreveu Yara.

“Nos reunimos e nos despedimos em noites sofridas, mas de muito amor e gratidão. Foi uma corrente de amor linda e sincera. Você, como bom zagueiro, não se entregava, não se rendia, vestia a camisa com toda a força até a última batalha. Enquanto o juiz não apitasse, você não desistia desse jogo incrível da vida. Que guerreiro!”, completou a neta.

Trajetória de Benito Fantoni

Benito nasceu em Roma, na Itália, em 3 de junho de 1931. Filho de Ninão e sobrinho de Niginho – dois ídolos do Palestra Itália (Cruzeiro) -, ele iniciou sua carreira na base da Raposa em 1949. Após prestar serviço militar, teve uma passagem pelo futebol da Venezuela, defendendo o Universidad de Caracas.

De volta ao Brasil, atuou pelo Vasco entre 1953 e 1954. Vestiu a camisa do Canto do Rio no ano seguinte. Entre 1956 e 1960, Benito defendeu o Atlético em 185 partidas, marcando um gol e conquistando o bicampeonato mineiro (1956 e 1958).

Em 1960, Benito trocou os rivais mineiros, retornando ao Cruzeiro. No clube de coração da família, fez parte do elenco que levantou os troféus estaduais de 1960 e 1961.

O defensor encerrou a carreira no Renascença, em 1965. Após a aposentadoria dos gramados, dedicou-se às funções de auxiliar e treinador. Fora do futebol, trabalhou durante 28 anos na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

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