JOGOS OLÍMPICOS

Goleira do América revela surpresa em convocação para Olimpíada de Paris

Goleira Tainá falou do sentimento com a convocação para a Olimpíada de Paris e da relação antiga com o técnico Arthur Elias
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Prestes a disputar a primeira Olimpíada da carreira, a goleira Tainá revelou que a convocação foi uma surpresa. Titular no América, a jogadora deve ser a reserva da Seleção Brasileira. Contudo, a experiência na equipe de Arthur Elias reforça a confiança do técnico na atleta.

Em entrevista exclusiva ao No Ataque, Tainá falou da missão difícil que o Brasil terá nos Jogos Olímpicos. A Seleção está no Grupo C da competição e vai enfrentar a Nigéria, Espanha e Japão. São 16 seleções divididas em três chaves. Avançam às quartas de final as duas melhores de cada grupo e as duas terceiras colocadas com melhor campanha.

“As expectativas são as melhores possíveis. Tomara que a gente faça bons jogos. Serão jogos difíceis, a gente sabe. Vamos trabalhar muito pra isso, para que a gente consiga concluir o objetivo, que é voltar com a medalha para o Brasil”, opinou.

Arthur Elias divulgou a lista com as 18 jogadoras que defenderão a Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos na última terça-feira (2/7). Tainá disse que a convocação foi um segredo até o último minuto e que se emocionou ao ouvir seu nome.

“Foi uma surpresa. A lista foi realmente secreta até o último segundo. Para mim foi uma emoção muito grande escutar meu nome ali logo no comecinho. Acho que uma das vantagens de ser goleira é acabar com essa ansiedade logo no começo, né? Mas enfim, estou muito feliz e muito motivada”

Tainá, goleira do América e da Seleção Brasileira

Relação com Arthur Elias

Tainá é uma velha conhecida do técnico Arthur Elias. Ela foi comandada pelo treinador por oito anos, quando defendeu o Corinthians, entre 2016 e 2023. Contudo, a relação dos dois começou antes disso. Mesmo que a titular da Seleção seja Lorena, do Grêmio, a goleira do América destacou a confiança que ganhou na equipe.

“Trabalhei com ele quando eu estava no Corinthians, mas não foi só quando eu estava lá, muitos não sabem, mas o Arthur foi meu primeiro técnico quando eu subi da categoria de base para o principal, na época do Centro Olímpico. Isso tem uns nove anos. Então acredito que confiança não falta da parte dele em relação a mim como atleta, acho que ele me conhece muito bem, e não só me conhece muito bem, como conhece meu trabalho. Então acho que o que ele espera de mim como uma jovem goleira é que eu esteja sempre atenta a cada lance”, falou.

A jogadora também destacou como a experiência no América tem agregado no desempenho dela embaixo da meta. O Coelho está na briga pela classificação às quartas de final da Série A1 do Campeonato Brasileiro feminino.

O time está a apenas uma posição da zona de classificação: ocupa o nono lugar, com 18 pontos conquistados em 13 jogos – mesmo número do Flamengo, oitavo, que supera a equipe mineira no saldo de gols. Restam duas partidas para o fim da fase inicial do campeonato.

“Minha experiência e atuação no América foram essenciais para meu desenvolvimento como goleira. Acredito que no clube eu tive a oportunidade de jogar, treinar em alto nível e competir na Serie A1 do Brasileiro como titular, o que tem sido ótimo para ritmo de jogo, aprimoramento técnico e para lidar com situações de alta pressão.”

“Me ajudou também a aprimorar minhas habilidades técnicas e táticas. Acho que estou ali para acionar experiência e meu trabalho, contribuir para um grupo forte e unido. Avaliei meu trabalho até aqui como uma jornada de crescimento constante e estou sempre buscando aprender e evoluir”, comentou.

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