JOGOS OLÍMPICOS

Artilheira do Brasil, Gabi Portilho reage a críticas e projeta final contra EUA: ‘Histórico’

Seleção Brasileira Feminina de Futebol sofreu, mas chegou à final da Olimpíada de Paris 2024 ao derrotar a Espanha por 4 a 2, nesta terça-feira (6/8)
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A Seleção Brasileira Feminina de Futebol sofreu, mas chegou à final da Olimpíada de Paris 2024 ao derrotar a Espanha por 4 a 2, nesta terça-feira (6/8). Artilheira, Gabi Portilho respondeu as críticas que o time nacional recebeu durante a competição e projetou a decisão contra os Estados Unidos.

“Desde o começo da competição, a gente só pegou pedreira, né? Seleções muito fortes, acima de nós no ranking… Todo mundo fala que a gente foi passando. A gente foi desacreditada. Falaram que foi uma classificação culposa, sem a intenção de classificar, e olha onde a gente está, na final”, desabafou a camisa 18.

Depois de surpreender e atropelar a favorita Espanha, atual campeã do mundo, a Seleção Brasileira concentra força nos Estados Unidos, adversários da grande final. Com sede do ouro, Gabi Portilho projetou o duelo.

“A gente ganhou da França dentro de casa, agora a gente ganhou da Espanha. A gente mostrou a nossa força. A gente é capaz. Cara, vamos gigantes para essa final. Sabemos da qualidade da equipe dos Estados Unidos, mas aqui é Brasil! A gente sabe do que é capaz, vai ter a Marta de volta. Vai ser lindo, e vai continuar sendo histórico”, concluiu.

Retorno de Marta

Marta desfalcou a Seleção Brasileira em duas partidas – nas vitória por 1 a 0 sobre a França, pelas quartas de final, e 4 a 2 diante da Espanha, pela semifinal.

A camisa 10 recebeu cartão vermelho na derrota por 2 a 0 sobre a Espanha, pela terceira rodada da fase de grupos, ao dar ‘voadora’ em Olga Carmona, e foi punida com dois jogos de suspensão.

Eleita seis vezes pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) como a melhor jogadora do mundo, Marta terá a oportunidade de se despedir dos Jogos Olímpicos em grande estilo, com medalha.

A meia-atacante de 38 anos joga a sexta Olimpíada da carreira. Ela conquistou a prata em duas oportunidades: Atenas 2004 e Pequim 2008.

O sofrido caminho até a final

As críticas à Seleção Brasileira ganharam força após a campanha ruim na primeira fase. Na estreia em Paris 2024, o Brasil derrotou a Nigéria por 1 a 0 – e contou com plena atuação de Lorena para somar os três pontos. No jogo seguinte, perdeu para o Japão por 2 a 1 – virada quase traumática, já nos acréscimos do segundo tempo, quando parecia não ter tempo para mais nada. Depois, o favoritismo da Espanha se confirmou, e a Seleção saiu de campo derrotada mais uma vez, por 2 a 0.

No fim, precisou da sorte para avançar ao mata-mata na oitava colocação geral, a última vaga. Ali, sabia que enfrentaria pedreira nas quartas de final. E veio a França, anfitriã e dona da melhor campanha. Sobrou raça, estrelismo de Lorena e espírito de equipe para, aos 36 minutos da etapa final, Gabi Portilho escapar em uma das poucas chances do Brasil e fazer o único gol da partida.

Pelo chaveamento, a Seleção Brasileira sabia que reencontraria a Espanha. Apesar das probabilidades, o time, embalado, acreditou que era possível. E fez: atropelou e venceu por 4 a 2.

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