Adversários do Brasil na final da Olimpíada de Paris, os Estados Unidos são a seleção mais tradicional do futebol feminino! A aguardada decisão está marcada para este sábado (10/8), às 12h, no Parque dos Príncipes, em Paris.
O técnico Arthur Elias e as jogadoras da Seleção Brasileira sabem a dura missão que têm pela frente: frear e superar a equipe mais vencedora da modalidade. A Seleção dos Estados Unidos conquistou quatro Copas do Mundo (de nove edições), quatro ouros olímpicos e mais de 20 títulos internacionais.
Até a Copa do Mundo Feminina de 2023, os EUA se mantinham no topo do ranking mundial da Federação Internacional de Futebol (Fifa) de forma ininterrupta desde 2014. Atualmente, ocupam a quinta colocação.
- Leia também: Medalha garantida! Brasil surpreende, atropela Espanha e vai à final do futebol feminino em Paris 2024
Conquistas olímpicas
O futebol feminino foi incluído no catálogo olímpico em 1996. Desde então, os EUA venceram quatro edições – Atlanta 1996, Atenas 2004, Pequim 2008 e Londres 2012.
Em duas finais, que, inclusive, exigiram prorrogação, o Brasil mediu forças com os EUA. Em 2004, a Seleção Brasileira foi superior, mas desperdiçou as oportunidades, o que custou caro. As estadunidenses abriram o placar com Tarpley, aos 38 minutos do primeiro tempo. Aos 27 minutos da etapa final, Pretinha empatou. Wambach buscou o ouro para as adversárias ao marcar no segundo tempo extra.
Logo na edição seguinte, outra decisão que envolveu os dois times, em contexto até parecido. Guiado por Marta, o Brasil criou, mas se esgotou fisicamente e não suportou a pressão. Aos 6 minutos do primeiro tempo da prorrogação, Carli Lloyd fez o gol do ouro.
Em Rio 2016, a Alemanha ficou com o bronze. Na edição posterior, jogada em Tóquio, o Canadá subiu no lugar mais alto do pódio. Em Paris 2024, os EUA têm a oportunidade de voltar a triunfar e o Brasil tem a chance de alcançar o inédito ouro.
Soberanos na Copa do Mundo
Na Copa do Mundo, os EUA também são hegemônicos. Venceram em 1991, 1999, 2015 e 2019. Nos outros anos, o título ficou com Noruega (1995), Alemanha (2003 e 2007), Japão (2011) e Espanha (2023).
Em Mundiais, Brasil e EUA têm duelos marcantes. O principal, para os brasileiros, foi na semifinal de 2007, quando a Seleção chegou à final do torneio pela primeira vez. Naquele ano, Osborne (contra), Marta (duas vezes) e Cristiane marcaram os gols da goleada brasileira por 4 a 0.
Brasil x EUA: retrospecto
O retrospecto do confronto não favorece a Seleção Brasileira. Segundo a plataforma Ogol, as seleções já se enfrentaram 31 vezes: são 24 vitórias dos EUA, três do Brasil e quatro empates.
O último triunfo brasileiro foi em amistoso realizado em 14 de dezembro de 2014, há quase 10 anos. Desde então, foram nove confrontos: dois empates e sete derrotas.
Mudanças
A Seleção Estadunidense, apesar do status valioso, passa por mudanças importantes no elenco. Jogadoras renomadas, como a atacante Megan Rapinoe e a meio-campista Carli Lloyd se aposentaram. Alex Morgan, vencedora dos Mundiais de 2015 e 2019 e do ouro olímpico em 2012 e uma das maiores estrelas do país, não foi convocada pela técnica Emma Hayes.
Com a excelente fama, a nova geração tem tentado, portanto, recolocar os EUA nos lugares mais altos. Em Tóquio 2020, o time levou o bronze. Já na Copa do Mundo de 2023, parou ainda nas oitavas de final.
Além das mudanças, outro fator que contribuiu para que o país não conquistasse os últimos grandes torneios é justamente o desenvolvimento das outras seleções do futebol feminino, como a própria Espanha, derrotada pelo Brasil por 4 a 2, pela semifinal, e a França, também vítima da Seleção Brasileira, nas quartas de final.
Convocadas pelos EUA para a Olimpíada
Emma Hayes convocou para a disputa em Paris: Casey Murphy, Alyssa Naeher, Tierna Davidson, Emily Fox, Naomi Girma, Casey Krueger, Jenna Nighswonger, Emily Sonnett, Korbin Albert, Sam Coffey, Lindsey Horan, Rose Lavelle, Emily Sams, Crystal Dunn, Trinity Rodman, Jaedyn Shaw, Sophia Smith e Mallory Swanson.
Convocadas pelo Brasil para a Olimpíada
Incluindo as suplentes, Arthur Elias selecionou 18 jogadoras.
- Goleiras: Lorena (Grêmio), Tainá (América-MG) e Luciana (Ferroviária)
- Laterais: Antonia (Real Madrid), Tamires (Corinthians) e Yasmin (Corinthians)
- Zagueiras: Rafaelle (Orlando Pride-EUA), Tharciane (Houston Dash-EUA), Thais (Tenerife-ESP) e Lauren (Kansas City- EUA)
- Meio-campistas: Ana Vitória (Atlético de Madrid-ESP), Duda Sampaio (Corinthians), Yaya (Corinthians) e Angelina (Orlando Pride- EUA)
- Atacantes: Adriana (Orlando Pride- EUA), Gabi Portilho (Corinthians), Gabi Nunes (Levante- ESP), Jheniffer (Corinthians), Kerolin (North Karolina-EUA), Ludmilla (CBF), Marta (Orlando Pride-EUA), Priscila (Internacional)
Leia também: Artilheira do Brasil, Gabi Portilho reage a críticas e projeta final contra EUA: ‘Histórico’
