Foi no sufoco. O Brasil venceu a Venezuela por 2 a 1, na noite desta quinta-feira (8/2), no Estádio Nacional Brígido Iriarte, em Caracas, pela segunda rodada da fase final do Pré-Olímpico. Com o resultado, a Seleção respira na disputa por uma vaga na Olimpíada de Paris.
A equipe brasileira abriu o placar com Maurício, já no segundo tempo, e sofreu o empate, 11 minutos depois, em chute de Bolívar. A vitória foi garantida apenas aos 42 do segundo tempo, após belo passe de Endrick para Guilherme Biro marcar.
Agora, a Seleção Brasileira volta a campo diante da Argentina no domingo (11/2), às 20h, pela terceira e última rodada do quadrangular final do Pré-Olímpico. Simultaneamente, Paraguai e Venezuela se enfrentam.
A vitória diante dos venezuelanos deixou o time em uma situação mais confortável. No clássico com os hermanos, qualquer vitória ou empate garantem o Brasil em Paris 2024. Se perder para a Argentina, a Seleção será eliminada.
O jogo
O primeiro tempo teve, em resumo, uma grande chance brasileira e duas polêmicas de arbitragem. Em uma bonita trama, que contou com passe de calcanhar de Endrick, a Seleção Brasileira quase abriu o placar no minuto 3. Após Maurício tocar, John Kennedy fez o corte, bateu colocado e a bola passou pelo goleiro Samuel Rodríguez, mas não pelo zagueiro Vivas, que cortou de cabeça.
Depois disso, a arbitragem chamou a atenção. Aos 24, Endrick foi derrubado na área por Renné Rivas, e o juiz chegou a assinalar pênalti, mas cancelou a marcação após auxiliar indicar impedimento. Vinte minutos depois, em cobrança rápida de falta, Pec recebeu na direita e levou um soco na barriga do mesmo Rivas. A arbitragem não deu cartão, não foi chamada pelo VAR e seguiu normalmente a partida.
Logo no início do segundo tempo, a Venezuela assustou o Brasil. Aos 5, após bate-rebate na área, Kelsy finalizou, e a bola passou por baixo das pernas do goleiro Mycael. O time de Ramon Menezes só foi salvo pelo posicionamento inteligente de Arthur Chaves: o zagueiro estava em cima da linha e evitou o gol do adversário.
Em resposta à excelente chance venezuelana, o Brasil jogou a bola na área e abriu o placar. No minuto 11, em cruzamento da direita para a esquerda, Endrick ajeitou de cabeça e Pec bateu. O rebote sobrou no pé esquerdo de Maurício, que finalizou forte e fez o primeiro gol do jogo: 1 a 0.
Em desvantagem no placar, a Venezuela começou a ter mais posse de bola no campo ofensivo. E deu certo. Aos 22, após cruzamento da esquerda, Arthur Chaves cortou errado de cabeça e criou uma grande chance para o adversário. Bolívar teve espaço, chutou forte de canhota na saída de Mycael e empatou o jogo: 1 a 1.
E os donos da casa seguiram em cima. Aos 26, Segovia acertou o travessão em chute de longa distância, e a bola quicou em cima da linha. Dois minutos depois, em boa trama pela esquerda, Lacava recebeu, chutou forte de fora da área e marcou belo gol. Porém, o VAR indicou uma revisão ao juiz, que anulou o gol por impedimento de Bolívar – em condição irregular, ele se abaixou para o chute do companheiro passar e atrapalhou a visão do goleiro Mycael.
A pressão da Venezuela até assustou, mas não abateu o Brasil. Aos 42, Endrick deu passe perfeito em meio à defesa adversária e encontrou Guilherme Biro, que teve frieza para tocar a bola por baixo do goleiro Samuel Rodríguez e definir a partida: 2 a 1.
Venezuela 1 x 2 Brasil
Venezuela
Samuel Rodríguez; Ferro, Vivas, Uzcátegui e Renné Rivas; Faya, Lacava, Segovia e David Martínez (Riasco 19 do 2ºT); Bolívia e Kelsy (Emerson Ruíz 19 do 2ºT)
Técnico: Ricardo Valiño
Brasil
Mycael; Khelvenn, Arthur Chaves, Lucas Fasson e Alexsander; Andrey Santos e Gabriel Pirani; Gabriel Pec (Rikelme 24 do 2ºT) e Maurício (Guilherme Biro 35 do 2ºT); Endrick e John Kennedy (Marquinhos 35 do 2ºT)
Técnico: Ramon Menezes
Motivo: segunda rodada do Pré-Olímpico
Local: Estádio Nacional Brígido Iriarte, em Caracas
Gols: Maurício, aos 11 do 2T, e Guilherme Biro, aos 42 do 2T (BRA); Bolívar, aos 22 do 2T (VEN)
Árbitro: Gery Anthony Vargas Carreño (BOL)
Assistentes: José Alberto Antelo Arauz e Edwar Saavedra Vargas (BOL)
VAR: Antonio Joaquin Garcia Noni (URU)
Cartões amarelos: Alexsander, Arthur Chaves, Guilherme Biro e Endrick (BRA); Ferro, Lacava e Bryan Castillo (VEN)
Cartão vermelho: nenhum