O ex-técnico da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira, deu entrevista à Globo e à ESPN em homenagem a Zagallo, que morreu no dia 5 de janeiro. O ex-comandante e um dos históricos nomes do futebol brasileiro lamentou a perda do amigo.
“É uma notícia muito triste. O Zagallo era o meu melhor amigo no futebol. Meu mestre. Foi um cara que me ajudou, me protegeu e me ensinou tudo que aprendi no futebol. Foi um privilégio meu ter ele ao meu lado por tantos anos”, declarou.
Na opinião de Parreira, tetracampeão mundial pelo Brasil em 1994, Zagallo deixou um legado grande ao futebol no país.
“O Zagallo não foi só 94, eu comecei a trabalhar com ele em 1970. Fomos amigos, companheiros e profissionais ao longo de 52 anos. Foi um privilégio e agradeço a Deus sempre por essa oportunidade, de ter conhecido uma pessoa tão generosa. Nós tínhamos a mesma filosofia de futebol, mas claro que o Zagallo muito mais experiente do que eu. Participei de diversos cursos e juntamos as diversas experiências, nunca tivemos um contratempo, era defender e atacar com a máxima eficiência”, acrescentou.
Aparência de Parreira chama atenção
A aparição de Parreira chamou atenção pela fisionomia debilitada. Em 2021, ele foi acometido pela covid-19, doença que deixou sequelas ainda em tratamento.
“Foi duro, essa doença faz um estrago. Atacou meus rins e tive 35% do meu pulmão comprometido, mas não perdi olfato. No 8º dia, eu senti um cansaço muito grande, não conseguia levantar da cama. Minha mulher também teve Covid, mas passou rápido. Eu sofri muito (…) essa doença é traiçoeira”, disse ao jornal O Globo na época.
Fãs se assustaram com o físico magro de Parreira, que também perdeu grande parte do cabelo. Segundo o jornalista Fred Sabino, da TV Bandeirantes, o treinador passou recentemente por um tratamento de saúde.
Quantos anos tem Parreira?
Nascido em 1943, Carlos Alberto Parreira completará 81 anos em 27 de fevereiro. O técnico do Brasil na Copa do Mundo de 1994 conquistou títulos importantes por Fluminense (Campeonato Brasileiro de 1984), Corinthians (Copa do Brasil de 2002) e Fenerbahçe (Campeonato Turco 1995/96).
Parreira ainda dirigiu o Brasil na Copa de 2006 (eliminado nas quartas de final), bem como as seleções do Kuwait (1982), Emirados Árabes Unidos (1990), Arábia Saudita (1998) e África do Sul (2010).
