FUTEBOL NACIONAL

Ex-presidente da CBF consegue liminar para recuperar direitos políticos

Rogério Caboclo conseguiu medida liminar para suspender as punições impostas pela Comissão de Ética do Futebol Brasileiro
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- Fotos: Leandro Lopes / CBF - Legenda: Rogério Caboclo consegue liminar na Justiça do Rio de Janeiro

O ex-presidente da CBF, Rogério Caboclo, conseguiu na Justiça do Rio de Janeiro uma medida liminar para suspender as punições impostas pela Comissão de Ética do Futebol Brasileiro. Sendo assim, abre-se caminho para que o ex-mandatário recupere seus direitos políticos.

Criada em 2017, a Comissão de Ética da entidade havia afastado Caboclo por 21 meses. Em seguida, a punição foi ampliada para mais 20 meses. Na ocasião, uma ex-funcionária o denunciou por assédio moral e sexual.

Decisão da Justiça

Com essa liminar, Caboclo pode concorrer novamente a cargos eletivos em entidades esportivas. Antes da presidência, Caboclo foi diretor geral da CBF e trabalhou na Federação Paulista de Futebol.

O processo corria desde o fim do ano passado e estava em segredo de Justiça. A decisão foi da juíza Flávia de Almeida Viveira de Castro, da 6ª Vara Cível do Tribunal Regional da Barra da Tijuca. A defesa de Caboclo alegou irregularidades no procedimento que culminou com seu afastamento do futebol.
Em nota, os advogados afirmaram que “Rogério não responde a qualquer processo judicial decorrente dos fatos geradores do procedimento cuja suspensão foi determinada”. O ex-presidente da CBF fez acordo com o Ministério Público do Trabalho, em 2021, e pagou determinada quantia pelo arquivamento do processo.

Entenda o Caso

Em 2021, uma funcionária do ex-presidente da CBF o acusou  assédio sexual e moral. Assim, o caso foi à Comissão de Ética da CBF e à Diretoria de Governança e Conformidade. Diante disso, a entidade afastou Caboclo por 30 dias e depois por um período mais longo, de 60 dias.

Na denúncia, a funcionária detalhou o dia em que o dirigente, após sucessivos comportamentos abusivos, perguntou se ela se “masturbava”. O Fantástico, da TV Globo, divulgou o áudio desta conversa, em 6 de junho. O presidente negou tais acusações e fechou um acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro.

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