Camisas da Seleção Brasileira estão expostas no Museu da Fifa, em Zurique, na Suíça. Uma curiosidade é que, além da história da amarelinha no futebol, o texto explicativo ao lado da exposição faz referência a uma “apropriação” política da vestimenta.
A informação é da coluna de Ancelmo Gois, do O Globo. Trata-se de uma citação ao uso da camisa verde e amarela do Brasil como símbolo da extrema-direita, atualmente liderada por Jair Bolsonaro.

Nos últimos anos, durante o governo de Bolsonaro e sua candidatura a reeleição à presidência da República, a camisa foi utilizada por apoiadores do político como “símbolo de patriotismo” e para desvincular o apoio a partidos políticos. Uma série de protestos e manifestações de apoio foram lideradas com a camisa da Seleção Brasileira.
A marca se tornou tão forte que, desde então, alguns amantes do futebol declarados como de esquerda passaram a utilizar a camisa azul em jogos do Brasil para evitar associação com questões políticas.
Como tudo começou?
O uso da amarelinha como símbolo da extrema-direita começou em 2014, após a reeleição de Dilma Rousseff (PT) à presidência. Na época, brasileiros manifestaram contra o resultado. A partir de então, a camisa do Brasil virou um símbolo.
Em 2015, o movimento ganhou ainda mais força, principalmente com o Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua. Em 2018, tudo se intensificou com a então vontade de desvincular a ligação do Brasil com partidos políticos.
Desde então, brasileiros de posicionamento político de direita usam a camisa da Seleção Brasileira como símbolo da extrema-direita.