SELEÇÃO BRASILEIRA

Campeão do mundo desabafa sobre preparação em 2006: ‘Era para ganhar com pé nas costas’

"Acho que nós ficamos devendo, esse é o sentimento e isso corrói a gente", disse o ex-volante Gilberto Silva, titular do time de Parreira na Alemanha
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Campeão da Copa do Mundo de 2002 com a Seleção, Gilberto Silva ainda lamenta o desempenho do Brasil no Mundial seguinte, em 2006, na Alemanha.

Treinador por Carlos Alberto Parreira, o Brasil tinha um timaço, com Kaká, Ronaldo, Ronaldinho e Adriano, entre outros. O selecionado nacional foi eliminado nas quartas de final ao perder para a França, por 1 a 0.

Para Gilberto Silva, houve erro na preparação para o Mundial. Na ocasião, o elenco nacional ficou hospedado na pequena cidade de Weggis, na Suíça. Uma empresa pagou para explorar comercialmente a presença do Brasil no local.

“Na minha opinião, talvez houve alguns erros estratégicos. A escolha do lugar pra mim já não foi legal. Weggis não foi legal. A preparação não foi da maneira como poderia ter sido. Poderia ter sido muito melhor, mais tempo para estar focado realmente na Copa do Mundo”, disse Gilberto Silva, ao Charla Podcast.

“O que foi acordado pela CBF, a gente desconhece. Na minha opinião, não deveria ter sido da forma como foi. A gente precisava realmente ter tranquilidade, nós tivemos tranquilidade em 2002 para poder trabalhar, porque a Copa do Mundo é muito rápida, você não tem tempo de recuperar quando alguma coisa não vai bem. Então, ficou muito show business“, lamentou.

Faltou futebol

Além de problemas na preparação, Gilberto Silva disse que faltou futebol ao selecionado nacional. Ele admite que alguns jogadores não renderam o que era esperado.

“Acho que a gente não foi bem, mesmo com toda a qualidade que a gente tinha, a minha opinião é que nós não fizemos uma boa Copa do Mundo no contexto geral. Nós tivemos lapsos em alguns jogos, talvez um dos jogos mais interessantes que nós fizemos foi contra o Japão. Mas acho que nós ficamos devendo, esse é o sentimento e isso corrói a gente”, destacou.

“A gente fala de nostalgia, né? Com a seleção com o potencial que nós tínhamos era para ganhar com o pé nas costas”.

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