FUTEBOL NACIONAL

Ex-Cruzeiro é questionado se aceitaria assumir a Seleção, e resposta surpreende

Pressão para demissão de Dorival Júnior cresceu muito após a goleada da Seleção Argentina sobre o Brasil, por 4 a 1, pelas Eliminatórias Sul-Americanas

Ex-Cruzeiro, o técnico Rogério Ceni, do Bahia, foi questionado após a vitória do Tricolor sobre o Ceará, por 3 a 2, nessa quarta-feira (26/3), na Fonte Nova, pela Copa do Nordeste, se aceitaria um hipotético convite para dirigir a Seleção Brasileira.

Ceni disse que não falaria sobre o assunto por uma questão ética, em respeito ao colega de profissão.

“O técnico da Seleção Brasileira é o Dorival Júnior e nem falemos sobre esse assunto, por gentileza”, disse o comandante do Bahia.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, marcou reunião para a próxima sexta-feira (28/3) com o técnico Dorival Júnior e com o coordenador executivo geral das Seleções Masculinas, Rodrigo Caetano.

A pressão para demissão do treinador cresceu muito após a goleada da Seleção Argentina sobre o Brasil, por 4 a 1, pelas Eliminatórias Sul-Americanas. Os nomes de Carlo Ancelotti e Jorge Jesus passaram a ser especulados pela imprensa.

Rogério Ceni no Cruzeiro em 2019

A passagem de Rogério Ceni pelo Cruzeiro, em 2019, foi muito rápida: foram apenas oito jogos, com duas vitórias, dois empates e quatro derrotas. Apesar do aproveitamento ruim, os motivos que mais pesaram para a demissão, de acordo com o treinador, envolveram a opção dele em apostar nas categorias de base no momento de maior pressão do time na Série A.

“No Cruzeiro, me mandaram embora porque eu queria usar a base. Eu não ligo para idade, eu ligo para o que o jogador produz. Eu sou um cara que usa bastante jogadores jovens, mas essa escolha está mais atrelada à qualidade e à competência dos jogadores”, disse Ceni na apresentação como técnico do Fortaleza, em março de 2020.

Nos oito jogos comandando o clube celeste, Ceni não promoveu a estreia de nenhum atleta, mas deu oportunidade a quatro jogadores recém-promovidos à equipe principal: o zagueiro Cacá (cinco partidas, quatro como titular), o lateral-esquerdo Rafael Santos (uma partida, como titular), o volante Éderson (cinco partidas, três como titular) e o meia Maurício (duas partidas, nenhuma como titular, e um gol).

Rogério assumiu o Cruzeiro sucedendo Mano Menezes, que ficou no clube por mais de três anos – entre julho de 2016 e agosto de 2019. Entre as muitas mudanças de trabalho de um comandante para o outro, os problemas de relacionamento de alguns atletas com Ceni já haviam sido apontados como pontos determinantes na saída do técnico da Toca da Raposa.

Após a demissão do Cruzeiro, o técnico reassumiu o Fortaleza. Depois disso, passou por Flamengo e São Paulo até chegar ao Bahia, em 2023.

Compartilhe