
O comentarista e ex-jogador Neto falou sobre a possível mudança da cor do segundo uniforme da Seleção Brasileira de azul para vermelho.
O apresentador se posicionou contra a alteração e defendeu que as cores da camisa deveriam ser as mesmas que estão na bandeira do país.
“Gente, querer colocar camisa vermelha na Seleção Brasileira, estão de sacanagem? Não é vermelha, não é roxa, não é nada. A bandeira do Brasil é verde, amarela e azul. Desculpa”, disse no programa Os Donos da Bola, da Band, nesta terça-feira (29/4).
Neto defendeu que não vê problema em clubes fazerem mudanças nas cores para uniformes especiais, mas discordou que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) faça o mesmo.
“Se fosse um clube de futebol, que tem muitos que fazem a terceira camisa, seria legal. Tudo certo”, adicionou.
Uso ‘político’ da camisa
O comentarista destacou o possível impacto político da modificação e reafirmou que as cores “tradicionais” do uniforme são as mais adequadas.
“Mesmo sendo de esquerda, e eu não tenho medo de falar isso na televisão, a camisa da Seleção Brasileira é azul, amarela ou verde”, adicionou.
Neto fez referência ao recente uso político da camisa da Seleção Brasileira. Nos últimos anos, o uniforme amarelo foi apropriado pela direita, em especial os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Por outro lado, a cor vermelha – apontada como principal deste novo uniforme número dois – está historicamente associada à esquerda e ao Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Lula.
Galvão também foi contra
O narrador Galvão Bueno disse que é “crime” e “ofensa sem tamanho” a possível mudança de cor da camisa número dois da Seleção Brasileira. Durante programa na Band, o jornalista afirmou que a alteração do azul para o vermelho nada tem a ver com a história do futebol brasileiro.
“Apareceu alguém para cometer aquilo que eu digo ser um crime. Saiu a notícia de que a fornecedora de camisas da Seleção, em acordo com a CBF, para a Copa do Mundo de 2026, a camisa azul vai deixar de existir e vai ter uma vermelha. O que isso tem a ver com a história? Isso é uma ofensa sem tamanho à história do futebol brasileiro”, disse Galvão.