SELEÇÃO BRASILEIRA

Casagrande sugere técnico para Seleção: ‘Eu iria correndo atrás’

CBF está em busca de um treinador desde a demissão de Dorival Júnior, no dia 28 de março

Com a recusa do técnico Carlo Ancelotti, conforme divulgado pelo jornal Marca, a Seleção Brasileira voltou à estaca zero em relação à contratação do novo treinador. Em sua coluna no UOL, o ex-jogador Walter Casagrande Jr. sugeriu um nome de peso para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Casagrande indicou que sua preferência é o técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, seguido por Renato Gaúcho, do Fluminense, e Jorge Jesus, do Al-Hilal, da Arábia Saudita.

O ídolo do Corinthians criticou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, pela demora no anúncio do novo técnico da Seleção. “E agora, Ednaldo? Vai tentar de verdade o Jorge Jesus ou ainda irá ficar esperando uma reviravolta na possibilidade do Carlo Ancelotti?”.

“As notícias de hoje são de que o Jorge Jesus já está planejando o confronto com o Real Madrid no Super Mundial. Claro que um convite oficial e decisivo para que ele comande a seleção brasileira pode mudar tudo. O Jorge Jesus já falou diversas vezes que sonha em treinar a nossa seleção, mas também pode estar cansado de esperar e de ficar sempre em segundo plano”, acrescentou.

Casagrande expressou predileção pelo técnico do Verdão e citou a urgência na contratação do novo treinador. O Brasil enfrenta o Equador, no dia 5 de junho, em Quito, e o Paraguai, no dia 10 de junho, na Neo Química Arena, em São Paulo, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

“Se Ancelotti não vem mais e, suponhamos, que Jorge Jesus também não, o que faremos? Eu iria correndo atrás do Abel Ferreira e, caso não aceitasse, eu iria atrás do Renato Gaúcho, que tenho certeza que aceitaria”.

“Alguém precisa assumir de vez o cargo de treinador da Seleção Brasileira e não temos tantas opções assim. Na minha opinião, o Abel Ferreira é o melhor de todos e tentaria tudo para convencê-lo a trabalhar com a nossa seleção para a Copa”, adicionou.

Demissão de Dorival

A CBF comunicou no dia 28 de março a demissão do técnico Dorival Júnior.

Dorival, de 62 anos, chegou à Seleção credenciado por títulos conquistados no comando de Flamengo (Copa do Brasil e Copa Libertadores de 2022) e São Paulo (Copa do Brasil de 2023). No entanto, não conseguiu repetir o sucesso na CBF.

O experiente técnico permaneceu no cargo durante pouco mais de um ano e dois meses. Foram 16 jogos, com sete vitórias, sete empates e duas derrotas – aproveitamento de 58,3%.

Com Dorival, o Brasil marcou 25 gols. O principal ponto baixo foi o desempenho defensivo, com 17 gols sofridos, média de mais de um por partida.

Durante todo o período, não contou com o atacante Neymar, um dos principais jogadores brasileiros, por questões físicas.

Mesmo assim, a trajetória começou de forma promissora diante de rivais de peso. Em março de 2024, a Seleção venceu a Inglaterra (1 a 0), em Wembley, e empatou com a Espanha (3 a 3), no Santiago Bernabéu.

Os passos seguintes não foram tão seguros. O Brasil perdeu para o Uruguai nas quartas de final da Copa América de 2024 e tem números que não empolgam nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, a ser disputada em Estados Unidos, Canadá e México.

A Seleção caiu da terceira para a quarta posição após a goleada para a Argentina no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, pela 14ª rodada. São seis vitórias, três empates, cinco derrotas e 21 pontos.

Compartilhe