Condenado a três anos e seis meses por atropelamento que matou casal de professores, em dezembro de 2020, Marcinho, lateral-direito do América, entrou com recurso para ser absolvido em 2ª instância. Caso a decisão pela condenação seja mantida, a defesa do jogador pediu pela redução da pena.
Em contato com o No Ataque, o advogado de Marcinho, Gabriel Habib, confirmou que entrou com a ação na Justiça. O lateral foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) em abril. A sentença determinou também a suspensão da habilitação do jogador para dirigir veículo automotor pelo mesmo período.
A defesa do atleta explicou o argumento principal que move a ação, mas não entrou em detalhes do que foi apresentado no recurso e também não divulgou a documentação processual.
“O nosso argumento é que foi culpa exclusiva das vítimas, por isso que estamos tentando absolver em 2ª instância. Se a condenação for mantida, a gente está pedindo para reduzir a pena. A gente entende que a pena foi aplicada de forma muito severa, muito alta”
Gabriel Habib, advogado de Marcinho
Ainda não há uma previsão para quando o recurso será julgado. A tendência é que demore cerca de seis a oito meses.
A informação foi adiantada pela Itatiaia e confirmada pela reportagem do No Ataque.
Relembre o caso
No dia 30 de dezembro de 2020, por volta das 20h30, Marcinho atropelou o casal Maria Cristina José Soares e Alexandre Silva de Lima, que atravessavam a Avenida Lúcio Costa, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio.
Segundo o Ministério Público, minutos antes do atropelamento, o jogador guiava seu Mini Cooper de forma imprudente, em zigue-zague, na pista sentido Barra da Tijuca, numa velocidade entre 86km e 110km/h – acima do limite de 70 km/h.
De acordo com a denúncia, no dia do atropelamento, entre 11h e 11h30, Marcinho esteve no restaurante Rei do Bacalhau, no Bairro Encantado, na Zona Norte do Rio, onde ingeriu, ao menos, cinco tulipas de chopp.
Anunciado no América
Em abril, a contratação do jogador foi contestada pela torcida americana. O presidente da SAF, Marcus Salum, saiu em defesa de Marcinho no dia em que o atleta foi apresentado.
“Respeito a opinião de todo mundo, mas o América pensa diferente. O atleta cometeu um ato que está pagando por ele, ele vai explicar, recebeu seus processos, foi um erro. Quem não errou na vida? Onde está a grande virtude: julgar sem ser juiz ou em dar oportunidade aos profissionais de jogar aqui? Aqui é uma família, ele vai se sentir muito bem, sinto-me satisfeito de abrir a porta para ele dar mais um passo na carreira”, disse.
