Com bagagem vitoriosa e carreira internacional, o meio-campista Moisés retorna ao América depois de 11 anos, para dar continuidade a história com a camisa alviverde. Cria da base, o jogador de 35 anos se destacou em 2009, na disputa da Série C. Se na época não era unanimidade entre a torcida, atualmente, chega com grandes expectativas por parte dos americanos.
Muito técnico, Moisés começou na função de volante e fazia o papel de ‘casca dura’ no desarme, mas também era peça auxiliar no ataque. O jogador ganhou espaço e confiança sob o comando de Givanildo Oliveira. Fora das quatro linhas, conquistou o torcedor pela humildade e irreverência. Contudo, não era visto como uma grande promessa.
O jogador se destacou na campanha vitoriosa do Coelho na Série C de 2009, que culminou na vitória sobre o ASA (1 a 0), no Independência. Moisés participou de 12 dos 13 jogos na competição e marcou duas vezes. Depois da conquista do acesso, ele perdeu espaço e foi emprestado ao Sport, onde disputou a Série B em 2010.
Depois, em novo empréstimo, seguiu para o Boa Esporte. No time mineiro, voltou a ser destaque e teve papel importante na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. Sob o comando do técnico Nedo Xavier, o jogador se tornou titular, marcou dez gols e ficou valorizado no mercado. Na época, chegou a ser alvo do Corinthians, campeão nacional, mas a negociação não evoluiu.
Oportunidade na Série A
A primeira chance de disputar a Série A foi com a Portuguesa, em 2012. Na campanha daquele ano, além de ajudar o time a permanecer na elite, Moisés contribuiu com seis gols em 34 jogos no clube paulista. O bom desempenho chamou a atenção do Atlético, que tentou contratar o jogador. No entanto, a Portuguesa impediu a conclusão do negócio.
Campeão no Palmeiras
Depois da Portuguesa, Moisés seguiu para fora do Brasil. Ele defendeu o HNK Rijeka, da Croácia, e por lá, em 52 jogos, marcou dez gols. Em 2016, voltou ao Brasil e assinou com o Palmeiras. Na época, o clube paulista desembolsou 1 milhão de euros (cerca de R$ 4,29 mi) para contar com o jogador.
Moisés se reencontrou com Alexandre Mattos, diretor de futebol com quem trabalhou no América, clube que marcou uma mudança de posição perpetuada ao longo da carreira. Com a camisa do Verdão, de destacou na campanha do título brasileiro – foram 37 jogos, três gols e duas assistências. Ele também fez parte do elenco novamente campeão em 2018.
Em 2019, Moisés se transferiu para o Shandong Taishan, da China, onde se firmou e acumulou bons números. Em 2022, teve a campanha mais goleadora da carreira. Ele marcou 16 gols e deu 16 assistências em 35 jogos.
Família ‘DNA formador’
Ainda que a ligação com Belo Horizonte seja óbvia, por causa da revelação na base alviverde, a família do jogador tem muitas raízes na capital mineira. Além de Moisés, o irmão, Matheus Magalhães, é cria do América.
O goleiro atualmente defende o Braga, de Portugal, e na época em que esteve no Coelho, era visto como uma grande promessa do futebol. Por mais que Moisés seja ‘o profeta’, a profecia de Matheus também se cumpriu. Na Europa, o arqueiro conquistou espaço e sonha com vaga na Seleção Brasileira.
Os dois chegaram a jogar juntos em 2012, mas logo se separaram quando Moisés foi para a Portuguesa. Por sua vez, Matheus deixou o Coelho em 2014, quando assinou com o Braga.