O profeta voltou! Aos 35 anos, o meio-campista Moisés retorna ao América com status de principal contratação para a temporada 2024. O jogador revelado pelo Coelho e que se destacou na China e brilhou no Palmeiras, contou que pretende estender o vínculo com o time mineiro para além do tempo de contrato como atleta.
Em entrevista coletiva nesta terça-feira (16/01), Moisés foi apresentado para a torcida americana, que o recebeu em peso na Loja do clube, para tarde de autógrafos e fotos. Ao lado do presidente da SAF, Marcus Salum, e do diretor d futebol, Fred Cascardo, o meia chegou como realização de um sonho antigo.
O meio-campista já esteve algumas vezes em Belo Horizonte enquanto defendia o Shandong, da China. A família tem raízes mineiras e forte ligação com o Coelho. Na recepção, Salum ressaltou a realização com a volta de Moisés e disse que o jogador faz parte dos planos do clube para o futuro, mas para seguir nos bastidores, depois que aposentar as chuteiras.
O meia também se declarou ao clube e disse que sua vontade e é se aposentar no alviverde. Ele contou que o desejo não viria pela parte física, mas sim pela vontade de aproveitar tempo ao lado da família. A transição de carreira foi apontada como o possível futuro para permanecer no meio do futebol.
“Eu tenho o desejo de jogar mais um ou dois anos. Não posso cravar 100% que é meu ultimo clube, porque não dá pra prever o futebol, mas esse é meu desejo. Jogar aqui e encerrar a carreira ano clube que me projetou. Penso em transição, sempre gostei da parte tática e motivacional, acho que dentro do futebol vou conseguir êxito em alguma área, mas não tenho certeza de qual função. O futebol demanda entrega e é muito difícil mentalmente”
Moisés, principal reforço do América
Pressão?
Recebido com alegria pelos torcedores, além da grande movimentação nas redes sociais quando foi anunciado como reforço, Moisés não chega com o status de ídolo, mas parece ter os atributos para conquistar o posto. Ele disse, no entanto, que a pressão para isso não o incomoda.
O jogador reforçou a necessidade de conquistar o principal objetivo com a camisa americana: o acesso à Série A. Para ele, a pressão tem que estar presente no dia a dia de todos os jogadores.
“Durante a minha carreira, convivi com bastante pressão. Isso nunca me travou, sempre foi uma inspiração. Quando iniciei e estava para me torna profissional, já tinha uma pressão dentro de mim de dar o melhor para a minha família, eu já tinha isso de querer dar orgulho para eles. A pressão tem que existir, tem que ser de dentro pra fora. Hoje quem esta no América tem que saber que é um time de Série A”, falou.
“Na mesma forma que quem chega no Palmeiras e no Flamengo para ser campeão, quem chega no América tem que saber dessa pressão de voltar para Série A. A pressão tem que ser interna. Acho que é válida e quero fazer o melhor para que ela seja uma comemoração no final do ano”
Moisés, meio-campista do América
Meia ou volante?
Ao longo da carreira, Moisés desempenhou algumas funções em campo, mas destacou que a que se sente mais confortável é como segundo volante. No Coelho, o principal nome da posição é Martínez, que faz bem o papel de marcação, assim como o de avançar quando o time tem a posse.
Contudo, Moisés disse que está disponível para ser utilizado da forma que Cauan de Almeida, novo técnico do América, definir. Caso o jogador seja designado para jogar mais à frente, passa a disputar posição com Benítez, o camisa 10 da equipe.
“Eu cheguei a jogar de goleiro no Palmeiras. Na China joguei de zagueiro, de centroavante. Eu assisto qualquer jogo e presto atenção nos detalhes das funções. Qualquer função que eu fizer, tenho um conhecimento. Isso facilita para atuar. Já conversei com o Cauan e deixei isso claro. Usei camisa 10, mas nunca fui um meia de origem. Sempre fui um segundo volante, um pouco mais atrás, para receber a bola e vir em progressão, mas deixei claro que vou fazer o meu melhor na função que eu estiver”
Moisés, jogador do América