O América criticou a decisão do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) de arquivar a denúncia de machismo contra as jogadoras do clube. Em março deste ano, as Spartanas alegaram que foram ofendidas pelo assistente de arbitragem Claiton Timm na partida contra o Juventude, no Estádio Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, pela primeira rodada da Série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino.
“O América Futebol Clube lamenta que o MP tenha arquivado o caso de forma precoce. O clube continuará na sua luta por um ambiente esportivo cada vez mais justo, igualitário e respeitoso, sem discriminação, assédio e violência”, publicou o clube, nesta quinta-feira (10/4).
Segundo o MPRS, o inquérito policial não identificou indícios de crime na partida. Segundo o órgão, a árbitra do jogo, Jenifer Alves de Freitas (RJ) descartou que ofensas machistas foram proferidas por Claiton Timm, representante da Federação Gaúcha.
“Diálogos mantidos entre os árbitros abrangiam temas de interesse do jogo, nada se referindo às atletas que podem ter ouvido apenas expressões ou palavras de forma isolada, gerando uma interpretação diversa”, afirmou a árbitra.
Já a defesa de Claiton Timm afirmou que o árbitro tem um “profundo respeito às mulheres e o repudia qualquer forma de violência dentro ou fora dos gramados”.
Timm está afastado pela Comissão de Arbitragem da CBF desde o jogo em Bento Gonçalves.
Entenda o caso
Na ocasião, o América registrou BO na delegacia da cidade contra o árbitro que teria proferido falas machistas às jogadoras
Em nota, o clube não expôs o nome do árbitro, mas disse que foi um dos assistentes da partida.
Contudo, em nota oficial, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) afastou Claiton Timm, do Rio Grande do Sul, que foi o nome indicado na denúncia.
O Coelho repudiou a ação e cobrou uma resposta das autoridades e da CBF, mas o caso não teve desdobramentos.