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Atlético falha no cumprimento de metas cruciais para 2023

Ainda no início de agosto, Galo se vê somente na disputa do Campeonato Brasileiro e precisa correr atrás de concorrentes
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O Atlético falhou no cumprimento de duas metas cruciais para 2023. Eliminado nas oitavas de final da Copa do Brasil, o Galo também caiu, na noite da última quarta-feira (9/8), nas oitavas da Copa Libertadores.

Tanto em termos esportivos como financeiros, o clube mineiro projetava chegar às quartas de ambas as competições. As premissas foram estabelecidas no orçamento alvinegro para a atual temporada.

Ainda sob o comando de Eduardo Coudet, o Atlético caiu na Copa do Brasil em maio, diante do Corinthians, após passar pelo Brasil de Pelotas na terceira fase. Em noite de decisões questionáveis do treinador argentino e péssima atuação da equipe na Neo Química Arena, em São Paulo, o Galo se despediu do principal mata-mata nacional em disputa de pênaltis.

A recente queda na Copa Libertadores se deu já sob o comando de Felipão. Claramente inferior ao algoz Palmeiras nos dois duelos pelo torneio continental, o Atlético se viu eliminado pelo clube paulista pelo terceiro ano consecutivo.

A jornada na Copa do Brasil se encerrou com R$ 5,4 milhões em premiação ao alvinegro, enquanto a trajetória na Libertadores rendeu cerca de R$ 30,6 milhões. Caso tivesse cumprido as metas, o clube mineiro teria garantido, no mínimo, outros R$ 12,6 milhões em recompensas – além das rendas com bilheteria. Valores que seriam fundamentais para ajudar a manter as caras contas do futebol em dia.

Premiação do Atlético na Copa do Brasil

  • Terceira fase: R$ 2,1 milhões
  • Oitavas de final: R$ 3,3 milhões

Total: R$ 5,4 milhões

Premiação do Atlético na Copa Libertadores

  • Fase 2: 500 mil dólares
  • Fase 3: 600 mil dólares
  • Fase de grupos: 3 milhões de dólares
  • Bônus pelas três vitórias na fase de grupos: 900 mil dólares
  • Oitavas de final: 1,25 milhão de dólares

Total: 6,25 milhões de dólares (cerca de R$ 30,6 milhões)

O cumprimento do objetivo na Série A do Campeonato Brasileiro também se vê ameaçado. A diretoria alvinegra estipulou o G4 da principal competição nacional como meta orçamentária para 2023.

Passadas 18 rodadas, o Atlético é o 10° colocado do Brasileirão, com 24 pontos. Sete pontos separam o Galo do Palmeiras, o quarto colocado na tabela de classificação.

Panorama financeiro

O Conselho Deliberativo do clube mineiro aprovou, em 20 de julho, a transformação do Atlético em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e a consequente venda de 75% das ações do clube-empresa à Galo Holding. O grupo será majoritariamente controlado pelos empresários Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador.

Os empresários terão o objetivo de reduzir a impressionante dívida do Atlético, avaliada em R$ 1,8 bilhão – a maior do futebol brasileiro. O aporte inicial, de R$ 600 milhões (outros R$ 313 milhões serão abatidos de pendências com os Rs), visa atacar os débitos onerosos, que são os mais prejudiciais à saúde financeira da instituição.

No primeiro semestre de 2023, a diretoria do Galo trabalhou por uma redução significativa na folha salarial do clube mineiro. Diversos nomes que fizeram história em 2021, temporada mais vitoriosa da história alvinegra, foram negociados e deram lugar a peças “mais baratas”.

O desempenho dentro das quatro linhas caiu. Os resultados esportivos falam por si só. Agora, o Atlético aposta as fichas na inauguração da Arena MRV como alento em mais um ano abaixo das expectativas e deve vender novos atletas ao fim do ano, na tentativa de diminuir impactos orçamentários.

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