Com a ida para a Arena MRV, o Atlético terá mais participações nas receitas e menos custos nos jogos. Nessa segunda-feira (21/8), o CEO do clube, Bruno Muzzi, detalhou quais serão as fontes de faturamento do Galo no estádio e a divisão do lucro em algumas delas.
Segundo Muzzi, o Atlético terá participação em todas as receitas no local. O lucro será de 100% com bilheteria, patrocínios, enquanto estacionamento e comida e bebida vão render de 18% a 25%.
“Todas as receitas e propriedades comercializadas dentro da Arena o Atlético tem participação. O Atlético tem participação integral em bilheteria, sócio-torcedor, que passam a ser receitas do clube/Arena MRV. Alimentos e bebidas, tudo o que o fatura lá dentro, o Atlético tem um acordo que vai de 18% a 25% de repasse para a gente. Estacionamento idem. Publicidade ainda estamos discutindo”, iniciou o dirigente.
“Todos os patrocínios que a gente vendeu, 100% do Atlético. As receitas extras que conseguimos colocar para camarotes naquela capacidade adicional que eu posso vender, 100% do Atlético”, completou.
Além disso, o clube alvinegro não terá custos nas receitas que são divididas com fornecedores e/ou parceiros.
“Não tem nada ali dentro que não tenha participação do Atlético. O que tem sempre são acordos, no qual definimos. Se o Atlético investe, é 100% nosso. Se o Atlético faz um contrato, por exemplo, com a GSH, empresa de alimentos e bebidas, a GSH fez todos os bares e cozinhas, não colocamos nem R$ 1, temos de 18% a 25% de faturamento líquido. O que faturar é nosso, o custo é deles”, explicou.
Faturamento do Atlético na Arena MRV
Na coletiva, Bruno Muzzi pontuou a expectativa de faturamento do Atlético com a bilheteria dos jogos e também com os shows.
“Hoje só de bilheteria eu prevejo para 2025 chegar a pelo menos R$ 80 milhões. Como vamos chegar a isso? Temos [ao todo] 46 mil lugares. Sem contar cadeiras e camarotes temos 35 mil. Vamos tirar da conta também a torcida organizada que tem um preço [do ingresso] um pouco mais barato. Vamos fazer a conta com 30 mil. Vamos colocar o ticket médio de R$ 60. Estamos falando então de R$ 1.8 milhões por jogo. Mais o valor com torcida organizada, ticket extra, camarote e lounge com 35 jogos no ano”, exemplificou.
“A arena vai faturar com shows na casa de R$ 120 milhões. Já temos Paul McCartney e estudamos mais outros dois, sempre nas janelas que o futebol permite. Isso é muito importante porque o Atlético é dono da Arena e ele que vai decidir quando abre mão, a ideia é sempre o futebol. Pode ter variação se a gente faturar R$ 20, R$ 30 milhões com cada evento, o que acho conservador, ainda não sei falar certinho. Estamos falando então de aproximadamente R$ 150 milhões de faturamento. A Arena trás um incremento substancial no faturamento do Atlético”, salientou.