A estreia oficial do Atlético na Arena MRV teve poucos problemas em termos de infraestrutura neste domingo (27/8). No geral, os torcedores tiveram uma experiência agradável, com alguns pontos que precisam ser ajustados para os próximos jogos.
O que deu certo e o que precisa melhorar na Arena MRV
Internet foi um problema na Arena MRV
A internet talvez tenha sido o maior problema antes do início do jogo. Poucos torcedores conseguiram acesso à rede com livre acesso. Em alguns pontos da arquibancada, não era possível conectar nem mesmo o 4G antes da bola rolar.
A situação foi a mesma na rede destinada aos jornalistas, que ficou fora do ar por um longo tempo e só voltou a funcionar faltando alguns minutos para o jogo começar. Apesar disso, a velocidade atingida foi alta.
CEO do estádio e do Atlético, Bruno Muzzi confirmou que uma das provedoras caiu pela grande demanda, mas prometeu avanço neste aspecto.
“É verdade. A gente tá com 60, 70% da internet instalada, ainda faltam alguns pontos. Ontem estava funcionando perfeitamente. Hoje quando atingimos 40% (de acesso) uma das provedoras caiu. Agora estamos com uma equipe tentando resolver. Tivemos um problema sério e está difícil de resolver agora. Vamos descobrir a causa raiz para melhorar para o próximo”, afirmou Muzzi.
A Arena MRV se denomina como o estádio mais tecnológico da América Latina, mas precisa melhorar para atender os torcedores nas próximas partidas.
Estrutura para os jornalistas
Uma outra questão que atingiu os jornalistas foi a falta de lugares na tribuna de imprensa. Com a alta demanda, foi necessário buscar mesas, e havia pouco espaço para aqueles que precisavam digitar no notebook.
Trânsito e acesso para Atlético x Santos
A maioria dos torcedores não teve problema para acessar o estacionamento e entrar no estádio pelas catracas. O trânsito também não foi dos piores, mas teve picos de grande fluxo em algumas vias.
A 2 km de distância da Arena MRV, a Via Expressa já apresentava os efeitos colaterais do primeiro jogo oficial do Galo no novo estádio com um significativo congestionamento.
A equipe de reportagem do No Ataque chegou às imediações do estádio por volta de 13h, pela Via Expressa. Antes mesmo do encontro com o Anel Rodoviário, a movimentação no trecho já era bastante intensa, e a velocidade dos automóveis não passava de 30 km/h.
Nas vias de acesso mais diretas ao bairro Califórnia, o trânsito era um pouco menos intenso. A chegada ao estádio fluía de maneira tranquila.
Algumas ruas próximas à Arena MRV estavam inteiramente bloqueadas (caso da Rua Oswaldo Cardoso) ou trechos inacessíveis. Os locais eram fluxo de muitas pessoas que optavam por passar a pé nesses locais.
Ainda assim, o trânsito fluiu de acordo com uma demanda natural de um jogo em Belo Horizonte. Vale ressaltar, no entanto, que o estádio recebeu apenas 30 mil torcedores, e não a capacidade máxima de 44 mil.
Alimentação e bebida na Arena MRV
Outro ponto a ser melhorado na Arena MRV é a venda de alimentos e bebidas. Em diversos pontos do estádio foi possível observar longas filas para comprar as fichas. Ou tinham poucos caixas móveis, ou o processo estava muito lento.
Uma das torcedoras que encarou as filas foi Beatriz Vieira. Para ela, faltaram pessoas trabalhando como caixas.
“Maravilhosa a experiência na Arena. É uma emoção sem igual, mas acredito que ainda precisa melhorar. Tivemos um jogo teste, que foi para ver onde estava errado e não melhorou. Tinha menos caixa do que no jogo teste, muito menos. Tinham pelo menos 15 totens, hoje tinham quatro. A torcida do Galo, tem que ser 50 pessoas trabalhando, porque o povo vai beber e comer todo jogo”, lamentou a atleticana.
Outro ponto negativo é que alguns bares não supriram a demanda, e lanches acabaram antes do início da partida. Apesar disso, não houve reclamações em relação às condições das comidas, como temperatura e diversificação.
Banheiros da Arena MRV
A reportagem entrou em diversos banheiros da Arena MRV e não encontrou problemas. Os locais estavam limpos, com espaço de sobra e reposição de papel.
Atlético na Arena MRV: avaliação geral de torcedores
Andrea Lana fez elogios à logística no estádio. A única ressalva foi em relação à quantidade de ‘caixas-móvel’.
“Viemos de táxi, para ver como ia ser no primeiro dia. Foi tranquilo, o acesso também. Alimentação e bebida estão ótimas, mas precisa de mais gente para vender. Na hora de receber está tranquilo. Banheiro excelente. E a internet não consegui entrar”, afirmou.
Já Rodrigo de Lima foi um pouco mais crítico e também citou a demora na compra de alimentos e bebidas. Além disso, ele falou sobre o fluxo das catracas.
“É a terceira vez que venho. O que eu estou sentindo é a mesma dificuldade dos outros dias. Demora na compra, na própria entrega do alimento e da bebida. A logística está ruim. O sabor está bom, mas pode melhorar. Banheiro excelente. Internet horrível. O acesso, eu vim de carro tranquilamente, estacionamento tranquilo, mas o fluxo nas catracas pode melhorar”, disse.
Ronaldo Bur é uma pessoa com mobilidade reduzida. Para ele, a acessibilidade da Arena é ‘perfeita’. Além disso, o torcedor comemora o ‘clima de festa’ e o resultado positivo no estádio.
“O sonho de todo mundo é ter uma casa nova. Ou seja, quando você casa, você quer uma casa. E o Atlético é um casamento, uma paixão eterna. Casa perfeita, ainda mais com a vitória.”
“Tudo perfeito. O clima de festa me lembrou 2021. Indescritível. A parte viária, o Elevado da Massa, tem que fazer alguns reparos, porque tem umas brechas, e isso é perigoso. A acessibilidade é perfeita. Muitas coisas foram aprendidas com erros do Independência e do Mineirão.”
Atlético x Santos
Dentro de campo, o Atlético venceu o Santos por 2 a 0, em jogo pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os dois gols foram marcados pelo atacante Paulinho.