ATLÉTICO NA ARENA MRV

Maior que no Mineirão? CEO do Atlético explica custo de jogo na Arena MRV

Em entrevista ao No Ataque, Bruno Muzzi comentou os gastos do Galo no primeiro jogo da Arena MRV e projetou aumento na receita
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*Com Samuel Resende

CEO do Atlético e da Arena MRV, Bruno Muzzi avaliou os custos da operação na primeira partida do Galo no estádio. Nesta quinta-feira (31/8), o dirigente concedeu entrevista exclusiva ao No Ataque, durante participação no evento Fórum SAF 2023, em Belo Horizonte.

O Atlético teve renda bruta de R$ 1.962.077,75 e lucro de R$ 965.710,60 na nova casa, ou seja, os custos foram de R$ 996.367,15, e a margem de receita de aproximadamente 50%. O público foi de 29.782 pessoas.

Já no último jogo no Mineirão – vitória por 2 a 0 sobre o Bahia – o Galo arrecadou R$ 978.420,50, com renda líquida de R$ 355.341,94 (36% de lucro). As despesas foram de R$ 623.078,56, e 29.847 torcedores estiveram presentes. 


Portanto, o clube teve um custo menor no Gigante da Pampulha, mas uma margem de lucro maior na Arena MRV. Bruno Muzzi citou esses números e o fato de o clube ter vendido apenas cerca de 18 mil ingressos (62% do público) para a partida contra o Santos. O restante dos presentes foram convidados e autoridades, além dos atleticanos que compraram as cadeiras cativas.

“A gente já tem um incremento de margem significativo, saindo de 36% no Mineirão para 50%. O faturamento no Mineirão foi na casa de R$ 1 milhão, na Arena foi de R$ 2 milhões. Tem o percentual de custo que é atrelado à receita”, iniciou.

“Quanto mais fatura, por isso se falar nominalmente os números, não é justo, que é como proporciona. Na nossa casa a gente vendeu 18 mil ingressos, poderíamos ter chegado a 21 mil, mas tinha muita imprensa, convidados, autoridades, e isso vai diminuindo”, completou.

Custos com segurança e outros lucros

Ainda de acordo com Bruno Muzzi, os custos do Atlético foram mais elevados nesta partida por ameaça de invasão. O Galo também investiu em profissionais do ‘posso ajudar’, pelo fato de ser a estreia na Arena MRV. 

“Tivemos custos operacionais acima da expectativa, e assim será até que consigamos azeitar a máquina, porque tem questões de segurança, tivemos ameaças de invasões, carregamos na mão um pouco o posso ajudar, a questão do VAR, de não ser remoto e sim local”, afirmou.

A expectativa do CEO é que o Atlético aumente esse lucro com o passar dos jogos. Além disso, o dirigente destaca as receitas que o clube não tem em outros estádios, como venda de alimentos e bebidas, estacionamentos, entre outros. 

“Só que nesse custo também, não estão outras linhas de receitas que não tínhamos em outros estádios, alimentos, bebidas, estacionamentos, copos, moedas, vendas na esplanada, só nesse evento batemos quase R$ 300 mil com essas linhas. Quando você passar essa Arena para 37 mil lugares, vamos ter uma margem cada vez maior, com números elevados”, finalizou Muzzi.

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