FINANÇAS DO ATLÉTICO

Custos para jogos: CEO do Atlético compara Arena MRV com Mineirão

Borderô do primeiro jogo oficial do Galo na Arena MRV foi tema de debate entre atleticanos nas redes; CEO do clube comentou finanças
Foto do autor
Compartilhe

O borderô do primeiro jogo oficial do Atlético na Arena MRV, seu novo estádio em Belo Horizonte, foi tema de debate entre atleticanos nas redes sociais. Muitos se mostraram surpresos negativamente com os custos da partida na nova casa do Galo. CEO do clube mineiro, Bruno Muzzi abordou o assunto em entrevista exclusiva ao No Ataque.

O Atlético teve exatos R$ 965.710,60 em despesas e recebeu 29.782 torcedores na vitória sobre o Santos (2 a 0), válida pela 21ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Já na vitória sobre o Bahia (1 a 0), pela 19ª rodada – último jogo do alvinegro no Mineirão -, os custos ficaram em R$ 623.078,56, com 29.847 pessoas presentes.

Questionado sobre o tema, Bruno Muzzi contrapôs as finanças em cada estádio. O executivo do Galo enfatizou a maior capacidade de faturamento na Arena MRV, que registrou mais de R$ 1,9 milhão em receita bruta no primeiro jogo oficial.

“A gente já tem um incremento de margem significativo. Você saiu de 36% no Mineirão para 50%. O faturamento no Mineirão foi na casa de R$ 1 milhão. Na Arena, foi na casa de R$ 2 milhões”, afirmou.

“Você tem um percentual do custo que é atrelado diretamente à receita. No Mineirão, 37%. Aqui [na Arena MRV] nós temos 23%. Por isso, falar nominalmente os números não é justo. Tem que analisar sempre a margem”, argumentou.

Custos na Arena MRV

Muzzi também refletiu sobre os custos na Arena MRV. O dirigente reconheceu que as despesas do primeiro jogo oficial ficaram “acima da expectativa”.

“Tivemos realmente alguns custos operacionais acima da expectativa, e assim será até com que a gente consiga ‘azeitar a máquina’. Tem questão de segurança, ameaça de invasão no estádio. Tivemos invasões. Carregamos a mão um pouco no posso ajudar, na hospitalidade. Tivemos a questão do VAR, de não ser remoto, ser local”, explicou.

Em seguida, o CEO do Atlético destacou uma nova realidade para o clube: a possibilidade de lucrar com receitas que não obtinha antes, sem um estádio próprio.

“Nessa receita [do borderô], também não estão as outras linhas de receitas que a gente não tinha em outros estádios. Alimentos, bebidas, estacionamento, copos, vendas na esplanada… Nesse evento [Atlético x Santos], a gente bateu praticamente R$ 300 mil de resultado só com essas linhas. Então, na hora que passar a Arena para 36 ou 37 mil lugares, vamos de fato ter cada vez uma margem maior, com números nominais elevados”, disse.

Por fim, Bruno Muzzi projetou redução das gratuidades. No próximo jogo na Arena MRV, contra o Botafogo, às 21h do sábado (16/9), a tendência é de que a carga de ingressos seja ampliada para, no mínimo, 35 mil.

“Na nossa casa, a gente vendeu aproximadamente 18 mil ingressos. Poderia ter tentado chegar a 21 mil, mas era um jogo muito festivo. Tinha muito credenciamento, muita imprensa, muitos convidados, autoridades. A gente vai tendendo a diminuir isso tudo”, encerrou.

Compartilhe