MERCADO DA BOLA

Paulinho recusou duas propostas maiores para fechar com Atlético, revela diretor

Camisa 10 do Galo teve outras procuras no mercado após assinar pré-contrato com o clube mineiro, revelou dirigente no podcast Fala AE
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O atacante Paulinho recusou duas propostas maiores no aspecto financeiro para fechar com o Atlético. A informação foi revelada pelo diretor de futebol Rodrigo Caetano, do Galo, em entrevista ao podcast Fala AE, do jornalista Lauro Lopes.

Caetano fez longo trabalho com Paulinho, desde o início de 2022, para convencê-lo a atuar pelo Atlético em 2023. De acordo com o dirigente, o jovem de 23 anos teve ofertas salariais mais vantajosas após fechar pré-contrato com o Galo e, mesmo assim, manteve sua palavra.

“O Paulinho é um garoto de 23 anos. Ano passado, já há um tempo a gente vinha conversando com ele, com o empresário dele e até com a família. Fui ao Rio algumas vezes para convencê-lo. Ele tinha total condição de escolher qualquer projeto. Depois de ter acertado conosco, ele teve mais dois convites para ganhar mais do que aqui. E manteve a palavra. Temos que valorizar os que aqui estão”, contou o diretor de futebol.

“Hoje em dia, você tem que convencer o atleta a vir. Tem que convencê-lo do seu projeto. E o Paulinho é um exemplo. Poderia estar em outro lugar. Foi convencido e se convenceu. Ele, sua família e seu empresário, de que aqui era a melhor casa para ele. Está feliz, apesar desse número muito reduzido de críticas, porque a grande maioria da torcida reconhece nele um jovem identificado com o clube – apesar de pouco tempo – e também com um grande talento”, acrescentou.

Críticas a Paulinho

Caetano também refletiu sobre as críticas feitas ao camisa 10 do Galo. Nas redes sociais, Paulinho divide opiniões por ser o vice-artilheiro da equipe no ano e, ao mesmo tempo, desperdiçar grandes oportunidades de gol nas partidas.

“Quando você pega um recorte especificamente do Paulinho no ano (números, desempenho e gols) e você pega a fotografia do gol perdido contra o Palmeiras, depois contra o Bahia (em que ganhamos e ele saiu vaiado por uma parte da torcida), você se questiona. Porque tem uma coisa que é importante repetir: jogador de futebol não é super-homem. O Hulk só tem o nome de super-homem, mas ele não é. Ninguém é. São seres humanos. Têm pai, têm mãe. Outros têm filhos”, argumentou Rodrigo.

O dirigente enfatizou a reação da torcida na substituição de Paulinho durante a vitória do Atlético sobre o Bahia (1 a 0), em 13 de agosto, no Mineirão, em Belo Horizonte. Mesmo tendo marcado o gol do triunfo, o jovem se viu vaiado por parte dos presentes no Gigante da Pampulha.

“Aí eu fico pensando: um garoto desses, que se dedica, que se identificou tão rápido com o Galo, como ele não se sente quando sai de campo vaiado por uma parte? Não foi por todos, porque a grande massa, quando viu que tinham vaias, aplaudiu a saída dele. Como um garoto desses sai de campo, 1 a 0, gol dele, e mesmo assim… É porque ele tem muito boa cabeça, formação. Família dá uma estrutura bárbara para ele. O próprio empresário dele também, faz um excelente trabalho”, pontuou Caetano.

Paulinho comemora primeiro gol da Arena MRV - (foto: Pedro Souza/Atlético)
Paulinho foi o autor dos primeiros dois gols do Atlético na Arena MRV(foto: Pedro Souza/Atlético)

Dirigente prevê procura do mercado

Diante dos bons números de Paulinho no ano (19 gols e seis assistências em 45 jogos), Rodrigo Caetano acredita que o atleta será alvo no mercado em 2024. O camisa 10 do Atlético já esteve na Europa em passagem pelo Bayer Leverkusen, da Alemanha.

“Paulinho está conosco há nove meses. E acho que já tem grandes números. Tomara que ele fique bastante tempo. Porque pelos números, pelo desempenho e pela performance dele, o que é provável? No próximo ano, virem clubes de outros países para buscá-lo. Aí, esses críticos que tu citastes vão estar dizendo: ‘Não! Absurdo vender o Paulinho, liberar o Paulinho’. Esse é o futebol. É assim que funciona”, encerrou.

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