Everson passou por momentos difíceis no Atlético. Em fevereiro de 2021, o goleiro sofreu fortes críticas e até ameaças nas redes sociais pelo desempenho no clube. No entanto, um jogo naquele ano mudaria a trajetória do arqueiro no Galo.
Em conversa com a Galo TV, Everson revelou que a partida de volta contra o Boca Juniors-ARG, pela oitavas de final da Copa Libertadores, foi uma ‘virada de chave’. Para ele, o bom desempenho naquela noite gerou maior respeito e admiração pelo seu trabalho.
“É difícil (ficar calmo). Mas esse dia eu separo como especial para mim na trajetória do Galo. Costumo falar para todos que esse dia acabou mudando minha história, tudo mudou. O respeito, admiração e reconhecimento pelo meu trabalho mudou depois desse jogo. Foi uma virada de chave, onde eu pude continuar trabalhando, dar prosseguimento no meu trabalho, e em 2021 tivemos aquele ano maravilhoso”, disse, em vídeo divulgado nesta sexta-feira (29/9).
Atlético e Boca empataram sem gols nos dois duelos daquele confronto. No jogo decisivo, no Mineirão, em julho daquele ano, Everson brilhou nos pênaltis.
O goleiro defendeu as cobranças de Villa e Rolón e marcou o gol que colocou o Galo nas quartas de final da competição continental. À Galo TV, o camisa 22 relembrou as cobranças defendidas.
“Esse é marcante, o segundo pênalti, do Villa. Tinha estudado o batedor, que tinha pênaltis variados, mas tinha a possibilidade de bater no meio. Aí tem a coragem do goleiro, a gente já tinha perdido a primeira cobrança, o Villa veio e bateu. Eu poderia ter saído, me desesperado, mas fiquei calmo. Tinha uma ficha para arriscar, que era a batida no meio, e acabou dando certo. Agradeço também ao pessoal da análise”, comentou.
“Essa foi muito mais difícil, por conta do batedor. A gente analisou todos os possíveis batedores do Boca e não tinha vídeo dele. Era um volante, tinha vindo da base do Boca. Foi mais no felling de goleiro, não teve nenhuma análise ou estudo”, disse.
A cobrança decisiva de Atlético x Boca
Everson ainda revelou bastidores de como foi selecionado para ser o quinto batedor nos pênaltis de Atlético x Boca. Ele contou que chegou na ‘reunião’ por último e não exitou após pedido de Cuca.
“Aí nem dois goleiros pegava (risos). Aí já cai de choro, emoção, por tudo que aconteceu, toda a história no clube. É um momento chave. Para ser sincero, eu nem queria ser o quinto batedor. (…) Quando a gente chega na reunião, o Cuca me pergunta, ‘você bate o quinto?’ Todo mundo olhou para mim, eu falei ‘bato’, deixa comigo. Estou confiante, mostrei para todos que estava confiante. Mas falei para o Danilo: ‘tomara que seja só quatro, que não chegue no quinto’, contou.
Após eliminar o Boca, o Galo ainda bateu o River Plate nas quartas de final antes de cair para o Palmeiras na semifinal.
Desde então, Everson se tornou um dos principais jogadores do Atlético. O goleiro de 33 anos disputou 205 jogos com a camisa alvinegra e ajudou o time a conquistar três Campeonatos Mineiros, um Campeonato Brasileiro, uma Copa do Brasil e uma Supercopa do Brasil. Veja o vídeo na íntegra: