Com a proximidade do fim da temporada, os clubes do futebol brasileiro já começam a se planejar para 2024. É o caso do Atlético, que passa por momento de grande transformação política e quer voltar a lutar por grandes títulos no ano que vem. Com o objetivo em foco, como será a atuação do Galo no mercado? Diretor de futebol alvinegro, Rodrigo Caetano projetou o trabalho dos próximos meses em entrevista concedida em Uberlândia, antes do clássico contra o América.
Mais uma vez, Caetano descartou a possibilidade de reformulação no elenco do Atlético. Enfático, o dirigente acredita que mudanças profundas no grupo de atletas podem distanciar a equipe de grandes conquistas.
“Eu não compactuo com reformulação. A não ser que seja uma situação extremamente grave – o que não é o caso. Estamos hoje no G6, com aspirações de G4. Quando eu falo em continuidade, em ajustes, é justamente porque o contrário prova que não é o melhor caminho. Mudança no decorrer da temporada traz prejuízos, como trouxe para nós. E a mesma acontece em elenco.”
Rodrigo Caetano, diretor de futebol do Atlético
Contratos a vencer no Atlético
O time mineiro tem seis jogadores com contratos válidos somente até 31 de dezembro. São eles: os laterais-direitos Mariano e Saravia, os zagueiros Bruno Fuchs, Mauricio Lemos e Réver, e o meia-atacante Hyoran.
Ao analisar as situações desses atletas, Caetano não mencionou Hyoran. De toda forma, o diretor de futebol do Galo indicou que o clube tentará, junto ao CSKA Moscou, da Rússia, um acordo para um novo vínculo de empréstimo com Bruno Fuchs – como antecipou a reportagem de No Ataque em setembro.
“Nós não temos muitas peças não [com contratos a vencer]. No caso do Lemos, nós temos gatilhos no contrato, que dependem do clube. O clube está protegido. Renovamos o Arana. Saravia, Mariano… Estamos avaliando caso a caso. Jogadores que são símbolos do clube, principalmente o caso do Réver. Então, temos que avaliar como isso vai ficar ao fim da temporada. Bruno Fuchs, um novo empréstimo…”, projetou.
Ajustes pontuais e “trabalho silencioso”
Por fim, Rodrigo Caetano voltou a defender a ideia de que o elenco do Atlético precisa de ajustes pontuais. Para o dirigente, no entanto, o momento crucial atravessado pelo Galo na reta final do Campeonato Brasileiro, com briga por vaga na Copa Libertadores de 2024, pede cautela e privacidade.
“A gente vem trabalhando isso, mas o que eu posso falar a respeito: a ideia é manter o máximo que nós entendermos que seja necessário do elenco (e ideal) e fazer pequenos ajustes para o próximo ano. A cada ano que passa, o clube que fizer ajustes – e menos reformulação – se aproxima de conquistas. Essa é a nossa visão. O inverso demora muito mais tempo.”
Rodrigo Caetano, diretor de futebol do Atlético
“O futebol é isso aí mesmo. É dinâmico. A gente analisa o jogo, o resultado… Tem que planejar possibilidades que podemos ter para o próximo ano dos possíveis reforços, alguns que saem. Mas isso fica dentro realmente do ambiente protegido, porque não dá para se falar nisso em um momento em que ainda temos decisões [no Campeonato Brasileiro]”, encerrou.
Rodrigo Caetano é diretor de futebol do Atlético desde janeiro de 2021. Defendendo as cores alvinegras, o gaúcho conquistou três Campeonatos Mineiros (2021 a 2023), um Campeonato Brasileiro (2021), uma Copa do Brasil (2021) e uma Supercopa do Brasil (2022).