SAF DO ATLÉTICO

SAF do Atlético pretende mesclar protagonismo e responsabilidade

Galo se transformou em clube-empresa e espera seguir brigando por grandes títulos; dirigentes falam em "protagonismo e responsabilidade"
Foto do autor
Foto do autor
Compartilhe

O Atlético vive uma nova era. Agora, como Sociedade Anônima de Futebol (SAF), a centenária instituição mineira espera seguir no caminho das grandes conquistas esportivas. Para isso, a gestão do clube-empresa alvinegro pretende mesclar protagonismo com responsabilidade – é o que garantem duas das principais vozes da administração.

Nesta terça-feira (14/11), Bruno Muzzi (CEO) e Sérgio Coelho (presidente) concederam entrevista coletiva no Diamond Mall, em Belo Horizonte, para esclarecer dúvidas relativas à SAF do Atlético, que passou a operar em 1° de novembro. O No Ataque marcou presença no evento, que durou pouco mais de uma hora.

Presidente do Galo, Sérgio Coelho acredita que os principais investidores do clube-empresa alvinegro só obterão resultados financeiros “se o time for protagonista”. O dirigente enfatizou o aumento das receitas ocasionado por boas fases de equipes no futebol.

“O investidor só vai ganhar dinheiro com a SAF se o time for protagonista. Ele não vai ganhar dinheiro com o time na Série B. Ele não vai ganhar dinheiro com o time na zona de rebaixamento, naquela luta. São receitas que vêm e são importantes quando o time está bem. Bilheteria, patrocinadores, jogos exibidos na TV aberta e tantas outras receitas. Só se o time estiver bem. Como grandes empresários, eles têm certamente esse entendimento, como nós todos aqui temos.”

Sérgio Coelho, presidente do Atlético

Bruno Muzzi seguiu a mesma linha. O CEO do Atlético detalhou que o clube pretende alcançar o patamar de R$ 500 milhões em receitas em 2024.

“A receita cresce com o time performando. Haja vista o Atlético antes e depois de 2020. Nosso patamar de receita era na casa de R$ 200 e poucos milhões. Depois, com os investimentos que aconteceram em 2020/2021, chegamos no patamar de R$ 400 e poucos, R$ 450 milhões. Estamos projetando aí R$ 500 milhões já para o ano que vem. Isso foi fundamental. 2021, independentemente dos prêmios e títulos, foi tudo bacana, mas eu pude vender cadeiras, pude vender camarotes, patrocínio, valorização das nossas camisas. Isso foi fundamental para valorizar a camisa, valorizar patrocínios. Um time performando puxa a receita, de fato.”

Bruno Muzzi, CEO do Atlético

Responsabilidade como aliada

De toda forma, Bruno Muzzi destacou a importância das palavras governança e responsabilidade na SAF do Atlético. O dirigente acredita que o clube-empresa “não é garantia de sucesso”.

“A SAF traz governança, traz responsabilidade. Não é garantia de sucesso. No futebol, não tem garantia de sucesso. Um investimento de folha representativa ajuda bastante, mas tem diversos outros fatores que influenciam na performance de um time. Pagar em dia, agentes, infraestrutura, uma boa logística, um bom clima… Isso tudo ajuda, extrai performance do time. É assim que eu vejo.”

Bruno Muzzi, CEO do Atlético

Com essas premissas em mente, o Atlético deve ter orçamentos limitados para o futebol nas próximas temporadas. A ideia da gestão da SAF é seguir contando com um elenco capaz de competir pelos principais títulos, mas sem gastos excessivos.

Compartilhe