O Instituto Galo promoverá uma campanha de combate à violência contra a mulher neste domingo (26/11), na partida entre Atlético e Grêmio, na Arena MRV, pelo Campeonato Brasileiro. A iniciativa é referente ao Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher (25 de novembro) e conta com a parceria do Movimento Quem Ama Não Mata.
Além de publicações nas redes sociais, haverá cartazes alusivos ao tema em pontos estratégicos do estádio, e distribuição de panfletos que simulam um cartão vermelho.
No intervalo da partida, será exibido um vídeo com mensagens dos jogadores. A torcida será convidada a erguer o cartão vermelho, em ato simbólico de “expulsão” da violência contra a mulher.
Violência contra a mulher
O número de feminicídios cresceu 6,1% em 2022, em comparação com 2021. Crime hediondo, o feminicídio é o assassinato de mulheres em contextos discriminatórios, marcados pela desigualdade de gênero. É o assassinato da mulher pela condição de ser mulher.
No Brasil, as maiores ocorrências de feminicídio são praticadas por um parceiro íntimo, marido, ex-marido, namorado ou companheiro, em situação de violência doméstica e familiar. Ele representa o ato final da violência contra as mulheres, que começa dento de casa com tapas, empurrões e chutes.
Em 2022, 1.400 mulheres foram mortas por seus atuais ou ex-parceiros. Sete em cada dez foram assassinadas dentro de casa. Os estupros também aumentaram. No ano passado, o número desse crime no Brasil foi o maior de todos os tempos: 74.930. As vítimas são, em sua maioria (61,4%), menores de 13 anos.
Parceiro do Atlético na campanha
O movimento QANM nasceu em 1980, com a denúncia de assassinatos de mulheres, por seus companheiros, que alegaram legítima defesa da honra. O marco histórico é um ato público no adro da Igreja São José, em 18 de agosto daquele ano.
Desde então, o grupo promove encontros, lives, exposições, participa de podcasts, entrevistas, seminários, palestras e cursos. O movimento tem parceria com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais; Comissão de Defesa dos Direitos da Mulheres da ALMG; Fiocruz e OAB.