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Atlético admite adiar instalação de gramado sintético na Arena MRV; entenda motivos

CEO da SAF do Galo, Bruno Muzzi disse que troca de grama, prevista para este ano, deve ficar para o fim de 2024
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O Atlético já admite adiar a instalação do gramado sintético na Arena MRV para o fim de 2024. Inicialmente, a troca do natural pelo artificial estava previsto para ocorrer entre dezembro de 2023 e janeiro do ano que vem.

CEO da SAF alvinegra, Bruno Muzzi disse nesta terça-feira (12/12) que o provável adiamento se deve a questões legais que envolvem a mudança.

O Galo projeta que o prazo para conseguir liberação da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para a troca do gramado forçaria o clube a tirar da Arena MRV os jogos iniciais como mandante em 2024.

Para evitar isso, o clube sinaliza o adiamento da instalação do artificial em um ano. Ao mesmo tempo, faz planos de manutenção e cuidado do gramado natural ao longo da próxima temporada. O estado do campo recebeu muitas críticas em 2023.

Gramado sintético e a legislação

Em entrevista em 14 de novembro, o executivo atleticano detalhou as questões que envolvem a legislação da capital mineira e dificultam a troca do gramado na Arena MRV. Segundo Muzzi, o Atlético tem trabalhado em conjunto com a PBH para flexibilizar a norma.

“A grama sintética, a gente tem uma questão de taxa de permeabilidade. Isso é uma legislação, no plano diretor da cidade de Belo Horizonte, que nos obriga, em função do zoneamento do terreno, a ter o percentual de taxa de permeabilidade. A grama sintética é permeável e, do ponto de vista ambiental, isso está pacificado, resolvido. O problema é que a lei obriga, e o que a lei diz é que para ser considerado uma área permeável, ela precisa ser sobre terreno natural e ser vegetada. A palavra ‘vegetada’ não se aplica para a grama sintética”, justificou Muzzi.

“É possível contornar isso? A gente entende que sim. A PBH está trabalhando com a gente para ver se é possível ter algum tipo de decreto, algum tipo de flexibilização para que a gente possa fazer. Se isso não for resolvido, ou quando será resolvido, aí sim a gente vai seguir com a grama sintética. Até lá, seguimos com o plano de manutenção (da grama natural), com a rotatividade da iluminação, que foi um dos principais problemas na qualidade da grama no início”, acrescentou o CEO.

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