O São Paulo fechou, na última terça-feira (26/12), o maior acordo de naming rights de um estádio entre todos os clubes do Brasil. Por R$ 25 milhões anuais, a Mondelēz fechou parceria com o clube paulista para nomear um dos mais tradicionais palcos do futebol nacional de MorumBis. De todos os contratos vigentes no futebol brasileiro, a Arena MRV, do Atlético, é a quinta em valores.
O contrato celebrado entre Atlético e MRV&CO, em vigor desde 2021, prevê o pagamento de R$ 71,8 milhões ao clube mineiro por 10 anos do direito de nomeação do novo estádio alvinegro em Belo Horizonte. Para concluir as obras, no entanto, o Galo antecipou crédito de R$ 42,5 milhões.
Os naming rights do estádio do Atlético foram protagonistas de uma verdadeira “novela”. Originalmente, em 2017, o contrato de 10 anos previa o pagamento de R$ 60 milhões por parte da MRV, mas os valores foram corrigidos com o tempo.
A negociação foi propulsora para uma operação de crédito realizada pelo Galo junto ao Banco Inter, chamada de Cédula de Crédito Bancário (CCB). Nos dias atuais, a própria MRV paga esse empréstimo do clube mineiro em parcelas mensais à instituição financeira, com juros de IPCA mais 0,6% ao mês.
Outros naming rights no Brasil
Outras arenas modernas do Brasil fecharam acordos com grandes empresas para lucrarem a partir dos nomes. Em São Paulo, os rivais Palmeiras e Corinthians comercializaram esses direitos pelo mesmo valor (R$ 15 milhões por ano, durante 20 anos) – em números também superiores aos do Galo.
Apesar disso, ambos os paulistas repassam recursos. O Verdão reparte o dinheiro com a WTorre, enquanto o Timão paga o valor integral à Caixa Econômica.
Por fim, outro contrato de naming rights superior ao da Arena MRV foi firmado pelo Athletico-PR. O Furacão vendeu os direitos de nomeação de seu estádio por R$ 200 milhões em 15 anos.
Estádios com acordos de naming rights no Brasil
- MorumBis (São Paulo): R$ 25 milhões por ano
- Allianz Parque (Palmeiras): R$ 15 milhões por ano
- Neo Química Arena (Corinthians): R$ 15 milhões por ano
- Ligga Arena (Athletico-PR): R$ 13,3 milhões por ano
- Arena MRV (Atlético): R$ 7,1 milhões por ano
- Itaipava Arena Fonte Nova (governo da Bahia): R$ 3 milhões por ano
- Arena BRB (Mané Garrincha): R$ 2,5 milhões por ano
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