O escândalo milionário envolvendo a empresa de gestão financeira do jogador Willian Bigode, atacante que defendeu o Cruzeiro e hoje está no Santos, ganhou mais um capítulo. Na semana passada, o atleta foi apresentado no Peixe e disse que se sente constrangido ao falar sobre o caso. Apesar de ser réu no processo que corre no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ele reafirmou que também é vítima de um suposto golpe de investimentos em criptomoedas.
Já nesta segunda-feira (15/1), durante apresentação oficial no Atlético, foi a vez de Gustavo Scarpa abordar o assunto. O meia do Galo e o lateral-direito Mayke, do Palmeiras, são os autores do processo contra Willian, pois perderam juntos R$ 10,4 milhões em investimentos. Eles aplicaram o valor para comprar criptomoedas ao receberem sugestão da empresa de Willian. O aporte foi realizado na empresa XLand Holding Ltda, que “sumiu” com o dinheiro.
Durante a apresentação na Arena MRV, Scarpa foi questionado se acompanhou a coletiva de Willian Bigode no Santos.
“Acompanhei, acompanhei sim. Tenho acompanhado todo esse caso aí, né? Quase todo dia. Tô esperando a justiça ser feita. É um processo que demandou muita atenção e foco da minha parte. Eu acredito ainda que vou conseguir resolver essa situação”, disse o meio-campista.
Revolta
Gustavo Scarpa perdeu R$ 6,3 milhões ao cair no golpe de investimentos em criptomoedas. Ele foi informado de que teria uma rentabilidade de 2% a 5% ao mês sobre o valor investido. Entretanto, quando foi resgatar o dinheiro, recebeu uma negativa da XLand.
Ao procurar a empresa de Willian, o meia e o lateral Mayke ouviram a justificativa de que o atacante também fora alvo de um esquema. Desde então, a relação entre eles ficou estremecida. Os atletas defenderam juntos o Palmeiras de 2018 a 2021.
“Acompanhei a entrevista dele [Willian] e prefiro nem comentar. Vontade eu tenho de comentar e falar tudo o que eu penso dele, de tudo o que ele fez. Mas é isso… A justiça será feita. Minha volta ao Brasil, espero que influencie de alguma forma nisso”, concluiu Scarpa.
