Gustavo Scarpa surpreendeu boa parte da torcida do Atlético ao escolher a camisa 6. Sem as opções que já utilizou ao longo da carreira, o meia vai utilizar um número que consagrou jogadores históricos no Galo. O No Ataque traz, a seguir, seis nomes.
1 – Oldair
Polivalente, Oldair foi capitão e titular do Atlético na conquista do Campeonato Brasileiro de 1971. Ele atuava como lateral-esquerdo, volante, entre outras posições.
“Eu era lateral, mas jogava na frente, atrás. Joguei em todas as posições, só não joguei de goleiro. Eu era o que eles chamavam, na época, de jogador polivalente. Tinha facilidade de jogar em qualquer lugar”, comentou o ex-jogador, após o encerramento da carreira.
Apesar de atuar na parte defensiva, Oldair marcou seu nome na história do Atlético também com gols. Ao todo, foram 61, o que o deixa no posto de 32º maior artilheiro do clube na história.
Foram 282 jogos entre 1968 e 1973 com a camisa 6 do Galo. Além do Brasileiro, conquistou o Campeonato Mineiro em 1970.
2 – Cincunegui
Um dos maiores estrangeiros da história do Galo, Cincunegui atuou em 164 partidas pelo alvinegro e também esteve na conquista do Brasileiro de 1971.
O uruguaio é o segundo gringo com mais jogos no Atlético, atrás atrás apenas de Cazares, que entrou em campo 205 vezes.
Cincunegui também marcou seu nome internacionalmente ao disputar a Copa do Mundo de 1966 pelo Uruguai.
3 – Jorge Valença
Valença participou de campanhas históricas do Atlético, como o vice do Brasileiro em 1980, e as idas à semifinal da competição, em 1983, 1985 e 1987. Além disso, conquistou seis títulos estaduais.
Ele atuou em 333 partidas e marcou 13 gols entre 1979 e 1987, sendo o 20º que mais entrou em campo com a camisa do Galo.
4 – Paulo Roberto Prestes
Prestes marcou época entre as décadas de 1980 e 1990 no Atlético. Também na lateral-esquerda, atuou em 504 jogos e marcou 38 gols pelo clube, sendo o quarto jogador de linha com mais partidas no alvinegro.
O ex-jogador ainda somou títulos pelo Galo: foram cinco do Mineiro e uma Copa Conmebol, em 1992.
5 – Dedê
A sequência de bons laterais-esquerdos no Atlético se manteve com a chegada de Dedê logo após Prestes. O ex-lateral atuou em 92 jogos entre 1996 e 1998 antes de ser vendido ao Borussia Dortmund, da Alemanha, por R$ 8,3 milhões ao Borussia
Também conquistou uma Copa Conmebol pelo clube, em 1997, e ajudou o time a levantar a Copa Centenário no mesmo ano. Ainda naquela temporada, recebeu a Bola de Prata da Placar como melhor lateral-esquerdo do Brasileiro.
6 – Douglas Santos
O último dessa lista é Douglas Santos, que vestiu a camisa 6 do Atlético em 102 oportunidades entre 2014 e 2016. Ajudou o time a conquistar a Copa do Brasil de 2014 e o Mineiro no ano seguinte.
Foi também em 2015 que recebeu o prêmio de melhor lateral-esquerdo do Brasileiro, pela Revista Placar. Em 2016, foi campeão olímpico com a Seleção Brasileira e vendido ao Hamburgo, da Alemanha, por R$ 25 milhões.
Scarpa com a 6 do Atlético
Scarpa vestiu majoritariamente a 10 e a 14 nos últimos anos, mas elas já estavam ocupadas por Paulinho e Alan Kardec, respectivamente. “Dos números disponíveis, foi o que mais me agradou”, disse o meia, ao explicar a decisão.
O número foi tratado com surpresa por grande parte da torcida, visto que geralmente é utilizado por laterais-esquerdos no Atlético. Na lista acima, por exemplo, todos atuaram na posição.
Ainda assim, é possível lembrar de grandes jogadores que vestiram o número 6 e não eram laterais, casos de Didi, Iniesta, Xavi, entre outros.
Agora, Scarpa pode se inspirar nesses craques para marcar seu nome na história do Atlético.